Guilherme Jeronymo
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Comunicação Social - Ministério das Cidades
Brasília/DF - A abertura do edital 2025 do Prêmio Periferia Viva ocorreu na tarde deste sábado (14/06), na UNAS (Associação dos Moradores de Heliópolis e Região).
Promovida pela Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades, a iniciativa, em sua 3ª Edição, vai distribuir prêmios em três eixos:
* iniciativas Populares, no qual 150 projetos receberão R$ 50 mil;
* Assessorias Técnicas com premiação de R$ 30 mil;
* 3 Iniciativas de Entes Públicos Governamentais, que receberão troféus.
*O tema desta edição é Periferia Viva é Construção Coletiva.
O objetivo é valorizar iniciativas nas periferias, produzidas pelos seus moradores e com recursos direcionados para coletivos dos próprios territórios.
Os candidatos devem participar de projetos que estejam em andamento e que promovam enfrentamento da desigualdade socioespacial e a potencialização e transformação dos territórios periféricos.
“O Prêmio Periferia Viva fortalece o papel ativo das comunidades em decisões significativas, destacando suas capacidades frequentemente ignoradas, e responde ao engajamento de redes e movimentos sociais que buscam melhorar a vida urbana periférica”, destacou em nota o secretário Guilherme Simões.
Os interessados poderão inscrever os projetos por meio de formulário eletrônico na plataforma Mapa das Periferias até o dia 27 de julho.
As inscrições começam no dia 16 de junho.
Museus, Agroecologia e Projetos Culturais foram alguns dos selecionados em 2024, entre os quais a Okupação Cultural C.O.R.A.G.E.M., sediada na Cohab José Bonifácio, na Zona Leste de São Paulo/SP.
Para a Okupação, o prêmio foi fundamental para fortalecer a sustentabilidade e continuidade das ações.
“Com o recurso, conseguimos criar um caixa emergencial, o que nos permitiu atender às principais necessidades do espaço. Realizamos pequenas reformas estruturais que melhoraram o conforto para quem frequenta nossas atividades, além de garantir mais segurança para o nosso acervo, equipamentos e materiais das coletivas que integram a Okupação. Esse apoio também nos trouxe mais fôlego para seguir desenvolvendo ações de forma autônoma”, explicou Letícia Ferreira, gestora e produtora cultural que atua na iniciativa.
O processo de seleção foi um momento importante para o grupo Okupação, que já tem 10 anos de atuação. Para Letícia, se tratou de um incentivo para manter documentos e registros atualizados, além de revisitar e reconhecer a trajetória.
“Esse exercício de sistematização nos fortaleceu no que se refere à ampliacao da nossa capacidade de organizar informações, comunicar melhor e planejar projetos futuros de forma mais estruturada e estratégica. Também nos tornou mais preparados para participar de outras seleções e fortalecer nossa atuação em rede”, completou a gestora.
O espaço, que revitalizou uma área abandonada na COHAB, recebe artistas, oficineiros e produtores e mantém programação gratuita.
Além de viabilizar a ampliação de projetos, como a compra de um terreno pelo projeto Quebrada Orgânica, o reconhecimento ajuda na construção de portfólios para projetos futuros.
A agricultora Joy Izauri, que é gestora do projeto na região do Jardim São Luiz, na zona sul de São Paulo/SP, detalhou como os frutos deste reconhecimento já estão aparecendo.
Chamados para oficinas em uma unidade do Sesc, ter o Periferia Viva no portfólio foi um elemento a mais na seleção.
“[o prêmio] ajuda não só na parte financeira, mas ajuda as iniciativas a serem reconhecidas no próprio território e a mostrar para a própria comunidade, superando dificuldades de diálogo com os outros moradores do território”, contou Joy.
O Quebrada Orgânica é um projeto de agricultura familiar em contexto urbano e periférico, formado por ela, pelo marido Robert, pelo sogro Gil, e pelos filhos do casal, Leônidas, de 8 anos, e César, de 4 anos.
Além de produzirem meia tonelada de alimentos por ano, parte da qual é doada aos vizinhos, também realizam um festival de agricultura urbana, em um trabalho que não vê um fim próximo.
“A gente acredita que tem trabalho para fazer para o resto da vida, sabe? E dentro disso a gente pode se especializar e fazer mil coisas, porque a gente pensa a terra como laboratório mesmo, porque a gente não trabalha só a produção de alimento aqui. Os menus do nosso festival anual são criados a partir daquilo que a gente planta aqui. O espaço é pensado como museu a céu aberto. Então, se você vier para o nosso festival, você vai ver as obras de arte, as instalações, em meio aos canteiros de produção de alimentos. Você vai ver informação em agroecologia, em ecologia”, explica a agricultora.
Também de outra periferia, mais próxima do mar, um outro projeto premiado em 2024 mostrou o potencial deste tipo de edital na continuidade de políticas culturais. No Museu de Favela do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, foi criado o primeiro Ponto de Memória, no Programa de Segurança Nacional, o PRONASC, com apoio de outros órgãos, como o IPHAN.
“A dinâmica do Periferias Viva em 2024 foi de muito aprendizado. Os encontros foram muito importantes, dando a dimensão do programa no território nacional”, nos contou Sidney Silva, que também atende por Tartaruga.
Neste Museu, que nasceu como uma estratégia de valorização da comunidade e elemento de segurança comunitária e que o mestre Sidney conceitua como “museu de território”, há um circuito de arte denominado Circuito Casas-Telas.
Esse circuito tem 27 obras de arte, nas fachadas das casas de moradores. “São obras de grafite que retratam a nossa memória nas fachadas da casa dos moradores”.
Com o recurso, a instituição carioca ampliou o atendimento, criou brinquedotecas itinerantes e apoiou outras iniciativas que realizavam, já que o Museu só pode ser visitado ao se andar pelas comunidades, ampliando ações que já são apoiadas pela secretaria estadual de cultura fluminense.
Siga o perfil do Blog do Teófilo no Facebook
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Comunicação Social - Ministério das Cidades
Brasília/DF - A abertura do edital 2025 do Prêmio Periferia Viva ocorreu na tarde deste sábado (14/06), na UNAS (Associação dos Moradores de Heliópolis e Região).
Promovida pela Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades, a iniciativa, em sua 3ª Edição, vai distribuir prêmios em três eixos:
* iniciativas Populares, no qual 150 projetos receberão R$ 50 mil;
* Assessorias Técnicas com premiação de R$ 30 mil;
* 3 Iniciativas de Entes Públicos Governamentais, que receberão troféus.
*O tema desta edição é Periferia Viva é Construção Coletiva.
O objetivo é valorizar iniciativas nas periferias, produzidas pelos seus moradores e com recursos direcionados para coletivos dos próprios territórios.
Os candidatos devem participar de projetos que estejam em andamento e que promovam enfrentamento da desigualdade socioespacial e a potencialização e transformação dos territórios periféricos.
“O Prêmio Periferia Viva fortalece o papel ativo das comunidades em decisões significativas, destacando suas capacidades frequentemente ignoradas, e responde ao engajamento de redes e movimentos sociais que buscam melhorar a vida urbana periférica”, destacou em nota o secretário Guilherme Simões.
Os interessados poderão inscrever os projetos por meio de formulário eletrônico na plataforma Mapa das Periferias até o dia 27 de julho.
As inscrições começam no dia 16 de junho.
Museus, Agroecologia e Projetos Culturais foram alguns dos selecionados em 2024, entre os quais a Okupação Cultural C.O.R.A.G.E.M., sediada na Cohab José Bonifácio, na Zona Leste de São Paulo/SP.
Para a Okupação, o prêmio foi fundamental para fortalecer a sustentabilidade e continuidade das ações.
“Com o recurso, conseguimos criar um caixa emergencial, o que nos permitiu atender às principais necessidades do espaço. Realizamos pequenas reformas estruturais que melhoraram o conforto para quem frequenta nossas atividades, além de garantir mais segurança para o nosso acervo, equipamentos e materiais das coletivas que integram a Okupação. Esse apoio também nos trouxe mais fôlego para seguir desenvolvendo ações de forma autônoma”, explicou Letícia Ferreira, gestora e produtora cultural que atua na iniciativa.
O processo de seleção foi um momento importante para o grupo Okupação, que já tem 10 anos de atuação. Para Letícia, se tratou de um incentivo para manter documentos e registros atualizados, além de revisitar e reconhecer a trajetória.
“Esse exercício de sistematização nos fortaleceu no que se refere à ampliacao da nossa capacidade de organizar informações, comunicar melhor e planejar projetos futuros de forma mais estruturada e estratégica. Também nos tornou mais preparados para participar de outras seleções e fortalecer nossa atuação em rede”, completou a gestora.
O espaço, que revitalizou uma área abandonada na COHAB, recebe artistas, oficineiros e produtores e mantém programação gratuita.
Além de viabilizar a ampliação de projetos, como a compra de um terreno pelo projeto Quebrada Orgânica, o reconhecimento ajuda na construção de portfólios para projetos futuros.
A agricultora Joy Izauri, que é gestora do projeto na região do Jardim São Luiz, na zona sul de São Paulo/SP, detalhou como os frutos deste reconhecimento já estão aparecendo.
Chamados para oficinas em uma unidade do Sesc, ter o Periferia Viva no portfólio foi um elemento a mais na seleção.
“[o prêmio] ajuda não só na parte financeira, mas ajuda as iniciativas a serem reconhecidas no próprio território e a mostrar para a própria comunidade, superando dificuldades de diálogo com os outros moradores do território”, contou Joy.
O Quebrada Orgânica é um projeto de agricultura familiar em contexto urbano e periférico, formado por ela, pelo marido Robert, pelo sogro Gil, e pelos filhos do casal, Leônidas, de 8 anos, e César, de 4 anos.
Além de produzirem meia tonelada de alimentos por ano, parte da qual é doada aos vizinhos, também realizam um festival de agricultura urbana, em um trabalho que não vê um fim próximo.
“A gente acredita que tem trabalho para fazer para o resto da vida, sabe? E dentro disso a gente pode se especializar e fazer mil coisas, porque a gente pensa a terra como laboratório mesmo, porque a gente não trabalha só a produção de alimento aqui. Os menus do nosso festival anual são criados a partir daquilo que a gente planta aqui. O espaço é pensado como museu a céu aberto. Então, se você vier para o nosso festival, você vai ver as obras de arte, as instalações, em meio aos canteiros de produção de alimentos. Você vai ver informação em agroecologia, em ecologia”, explica a agricultora.
Também de outra periferia, mais próxima do mar, um outro projeto premiado em 2024 mostrou o potencial deste tipo de edital na continuidade de políticas culturais. No Museu de Favela do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, foi criado o primeiro Ponto de Memória, no Programa de Segurança Nacional, o PRONASC, com apoio de outros órgãos, como o IPHAN.
“A dinâmica do Periferias Viva em 2024 foi de muito aprendizado. Os encontros foram muito importantes, dando a dimensão do programa no território nacional”, nos contou Sidney Silva, que também atende por Tartaruga.
Neste Museu, que nasceu como uma estratégia de valorização da comunidade e elemento de segurança comunitária e que o mestre Sidney conceitua como “museu de território”, há um circuito de arte denominado Circuito Casas-Telas.
Esse circuito tem 27 obras de arte, nas fachadas das casas de moradores. “São obras de grafite que retratam a nossa memória nas fachadas da casa dos moradores”.
Com o recurso, a instituição carioca ampliou o atendimento, criou brinquedotecas itinerantes e apoiou outras iniciativas que realizavam, já que o Museu só pode ser visitado ao se andar pelas comunidades, ampliando ações que já são apoiadas pela secretaria estadual de cultura fluminense.
Siga o perfil do Blog do Teófilo no Facebook
Comentários
Postar um comentário