Segunda edição da Feira Palestina será realizada na Funarte, em São Paulo/SP

Letycia Bond
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Simone Munir - Arquivo Pessoal
São Paulo/SP - "Conheça a Palestina por sua própria cultura, não por eles!" é o tema da segunda edição da Feira Palestina que será realizada domingo (29/06 em São Paulo/SP.

Desta vez, o evento será no complexo da Funarte (Fundação Nacional de Artes), no bairro Campos Elíseos, zona central da cidade.

O público terá a oportunidade de conhecer mais sobre o país do Oriente Médio, retratado nos últimos anos pela ótica da guerra com Israel, que já matou milhares de palestinos.

Realizada em parceria com o Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante, a Feira tem o apoio da Rede Sem Fronteiras, de defesa de imigrantes e refugiados, e da Fambras (Federação das Associações Muçulmanas do Brasil).

Os visitantes terão acesso a oficinas de expressões artísticas típicas da Palestina, como o tatreez, bordado que reflete a multiplicidade cultural dos povos do país, como os muçulmanos, judeus, cristãos, sikhs, hindus e outros grupos minoritários.

As tramas do bordado são impregnadas de simbolismo que marca a história palestina, com todas as suas nuances políticas. A aula será dada por Rahaf Hussin.

A programação terá ainda uma apresentação e duas oficinas de dabke, uma pela manhã, com Kaamilah Murad, e outra à tarde, com o grupo Dabke Flux, e uma atração musical ao vivo, de Numan Mustafa.

Dabke é uma dança folclórica do Levante, especialmente popular na Palestina, no Líbano, na Síria e Jordânia, de cadência feita por batidas fortes no chão.

A dança é até hoje tradicional em casamentos, festivais e eventos comunitários e uma das manifestações de resistência do povo palestino.

Além da dabke, a jovem Dalia Ahmed vai ministrar uma oficina de henna. As inscrições para as oficinas, todas com preços populares, já estão abertas, com formulário online.

O público poderá ainda experimentar pratos típicos da gastronomia palestina e comprar itens como peças de artesanato, acessórios, roupas e perfumes.

Idealizador da Feira, o professor palestino Rafat Alnajjar, que vive há 3 anos no Brasil e enfrenta um momento de luto por parentes e amigos mortos na Faixa de Gaza, comenta que o número de visitantes da primeira edição foi maior do que o esperado.

"Nos surpreendemos com a quantidade de pessoas que se interessaram. Deu certo. Então, pensei em fazer a segunda e surgiu como parceiro o Cdhic", disse.

Segundo Alnajjar, o resultado satisfatório da primeira Feira estimulou a organização a buscar um espaço mais amplo, no caso a Funarte, e a aprimorar as atividades, a fim de comportar um público maior.

"Estamos esperando muito mais gente. Vai ter também uma área de crianças para elas pintarem e brincarem", disse o professor palestino.

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