Teófilo Benarrós de Mesquita
Manaus/AM - Foi o melhor jogo do Campeonato Amazonense Chevrolet 2013. Emocionante, ríspido, pegado, alternado, vibrante... O Nacional venceu o Princesa do Solimões, no jogo de Ida da Final do Taça Cidade de Manaus, por 4-2, na noite desta quarta-feira (08/05), no estádio do SESI, em Manaus/AM. Mas o espetáculo esteve ameaçado por um personagem. O árbitro Paulo César de Oliveira, do quadro da FIFA, destoou, confuso e sem critérios. Seria exagero dizer que foi a pior arbitragem do Campeonato, no melhor jogo do Campeonato. Mas que o desempenho de Paulo César pode ser listado entre as cinco piores arbitragens do Barezão 2013, é admissível.
O Nacional entrou com sua força máxima, o time que se desenha ser o da disputa da Série D, cuja estréia ocorrerá no dia 2 de junho. O Princesa do Solimões veio com duas alterações: o goleiro Milton, contundido, deu lugar a Luis Paulo, o antigo titular; e Marquinhos Píter optou por Deurick na lateral-direita, no lugar de Clemilton, usando Delciney no meio. A opção, entretanto, se mostrou falha, com o Nacional construindo suas principais jogadas ofensivas pelo lado esquerdo do ataque, com Wesley Bigu e Leonardo, exatamente no setor de Deurick, que atuou quase todas as partidas em sua verdadeira posição, no meio de campo.
Logo no primeiro minuto, Wesley Bigu cruzou da esquerda e Charles cabeceou, com desvio na zaga para escanteio. Com cinco minutos o ataque foi pela direita, com Dênis Santos cabeceando para fora. Aos 9 minutos, a jogada foi pelo meio, com Bigu cortando no meio-de-campo a tentativa de contra-ataque nacionalino, mas no rebote do corte, Felipe foi lançado na direita, ganhou na corrida de Clayton He Man, penetrou na área, mas bateu para fora.
Paulo César Oliveira começou a dar o tom de sua arbitragem aos 15 minutos, quando Felipe entrou com violência em Gelvane e ficou tudo na conversa. No minuto seguinte Marinélson desceu pela esquerda, entrou na área e cruzou rasteiro, rasante, com perigo.
O Nacional abriu o marcador aos 19 minutos, numa jogada que já está se tornando marca registrada do trio ofensivo. Leonardo iniciou jogada pela esquerda e cruzou para Felipe ajeitar de cabeça para Charles, marcou de peixinho, na pequena área.
Marinélson comandou a reclamação princesina por uma suposta falta na jogada e merecia levar cartão amarelo. Logo depois, numa disputa com Clayton He Man no campo defensivo do Princesa do Solimões, Charles entrou violentamente de carrinho, e levou cartão amarelo, num lance que ficou barato, pois cabia o cartão vermelho de forma direta.
O Princesa não se abalou e buscou o empate. Aos 24 minutos, Delciney lançou Marinélson pela direita e o atacante entrou na área em velocidade, mas se enrolou com a bola ao tentar driblar seu marcador. Dois minutos depois o Princesa pressionou na área nacionalina e Rafael Morisco cortou o chute perigoso de Marinélson. Aos 26 minutos, Vinícius foi amarelado.
O empate surgiu aos 29 minutos. Gelvane se deslocou da esquerda para a direita, para cobrança de falta e levantou na área onde Marinélson, livre de marcação, cabeceou para o fundo das redes. A torcida ainda comemorava o empate quando, aos 31 minutos, Leonardo cruzou da esquerda, Felipe subiu de cabeça e testou no contra-pé de Luis Paulo, com a bola beijando a trave direita, e a zaga aliviando o perigo.
Aos 38 minutos o Nacional teve duas chances de ampliar o marcador. Na primeira, Felipe foi lançado na esquerda, invadiu a área e cruzou rasteiro, perigoso, com Piru tirando o perigo e saindo jogando com categoria. Na sequência, Danilo Rios saiu driblando e escapando de faltas e, na entrada da área, rolou para Charles, que bateu prensado com Piru, ganhando escanteio.
No minuto seguinte o Princesa do Solimões teve um gol bem anulado, quando Marinélson foi lançado, a zaga falhou, o atacante driblou Jairo e marcou, mas com o lance já invalidado pelo auxiliar Ivo Fernando da Costa de Souza. Aos 42 minutos Danilo Rios limpou seu marcador na entrada da área e bateu, com a bola desviando em Piru e saindo para escanteio. A última emoção do primeiro tempo foi para a torcida do Princesa, aos 44 minutos, quando Vinícius cobrou falta na área, Jairo socou, Deurick ajeitou de cabeça para Delciney tentar a puxeta, mas a zaga nacionalina espanou o perigo de sua área.
No segundo tempo, o Nacional voltou com Rocha no lugar de Rafael Morisco. E começou melhor, sufocando o Princesa. Aos 3 minutos Danilo Rios ajeitou para Leonardo, que bateu para o gol com a bola desviando na zaga e saindo em escanteio. Dois minutos depois Danilo Rios cruzou, Felipe cabeceou para o meio da área, buscando algum companheiro, mas a bola pegou na mão do zagueiro Clayton He Man e Paulo César Oliveira marcando pênalti sem titubear.
Na cobrança, ocorrida somente aos 7 minutos, Felipe bateu no canto direito de Luis Paulo, que ainda tocou na bola mas não conseguiu evitar o segundo gol nacionalino. Porém, no minuto seguinte, numa disputa área e sem perigo, o zagueiro Rocha desferiu um muro em Vinícius, sem necessidade, sendo expulso de forma direta. Imediatamente Aderbal Lana sacou Leonardo e colocou Luan, para recompor a zaga. Afoito, Luan entrou em campo antes da saída de Leonardo, já estreando no jogo com um cartão amarelo.
Não deu tempo nem dos jogadores do Princesa processarem a vantagem de um jogador a mais. Aos 13 minutos, Wesley Bigu cruzou da esquerda, a bola passou por Clayton He Man, que não cortou o lance, e Felipe só teve o trabalho de escorar para o gol, aumentando a vantagem azulina.
Marquinhos Píter sacou Alessandro Toró, que vinha jogando mal, muito abaixo de sua média, e partiu para um terceiro atacante: Edinho Canutama, aos 15 minutos, logo depois de levar o terceiro gol. E no seu primeiro lance, Edinho Canutama meteu a bola entre as pernas de Amaral e sofreu pênalti de Eliézio. Na cobrança de Vinícius, dois minutos depois, o meia colocou a bola no canto direito de Jairo, que pulou para o esquerdo, diminuindo o placar.
Aos 20 minutos o jogo foi paralisado em razão de algum torcedor do Princesa do Solimões ter jogado uma latinha no auxiliar Odaly Peres Monteiro. Paulo César foi pegar pessoalmente o objeto e entregou a João Batista, com a compreensível gesticulação que o fato fosse relatado em súmula.
No reinício da partida, em jogada idêntica à do primeiro tempo, mas com menor intensidade de violência, Charles repetiu o carrinho em Clayton He Man, praticamente na mesma área do campo, inversamente. Levou o segundo amarelo e o vermelho, deixando o Nacional com 9 jogadores, contra 11 do Princesa, que fez uma mudança na postura tática, com Rondinelle trocando de posição com Clayton He Man.
A terceira e última alteração no Nacional foi processada aos 26 minutos, com a entrada do lateral-direito Andrezinho no lugar do lateral-esquerdo Wesley Bigu. Aos 28 minutos, numa descida perigosa de Felipe pela direita, ele ganha de Gelvane e Bigu em jogada próximo à bandeirinha de escanteio e rolou para Danilo Rios, no bico direito ofensivo da grande área. O meia ajeitou e bateu colocado, buscando o canto direito de Luis Paulo, que voou na bola e, com a ponta dos dedos, mandou a escanteio, operando um verdadeiro milagre.
Aos 31 minutos, Marquinhos Píter tirou o zagueiro Piru e colocou o lateral-direito Clemilton. Mas, aos 33 minutos sofreu mais um golpe, o quarto gol. Roberto Dinamite conduziu o time ao ataque, prendendo a bola inteligentemente, limpando a jogada duas vezes e ficando em ambas em condições de chutar a gol. Quando estava prestes a ser desarmado, rolou para Danilo Rios, que praticamente repetiu a tentativa de cinco minutos antes, só que agora pelo lado esquerdo do ataque. Desta vez o milagre não se repetiu e o Nacional chegou ao quarto gol.
Como última tentativa de reação, Píter trocou Delciney por Léo, logo depois do gol. Aos 34 minutos, Rondinelle bateu de fora da área, Jairo espalmou e Edinho Canutama tocou para o gol, com o goleiro Jairo sendo o milagreiro da vez, evitando o gol princesino. Aos 36 minutos, Marinélson cruzou da direita e Edinho Canutama cabeceou como uma flecha, com Jairo realizando outro milagre, mandando a escanteio. Na continuação do lance, cruzamento para Deurick, que tenta o drible na entrada da área, com Eliézio chegando rasgando o perigo.
O Princesa do Solimões perdeu Marinélson aos 40 minutos, com cartão vermelho direto, após agressão em Andrezinho, embora o atacante tenha negado a atitude veemente, a ponto de contestar a decisão do árbitro e do auxiliar Odaly Peres Monteiro de forma violenta, o que pode lhe render complicações em seu julgamento, dependendo de como o fato está relatado na súmula.
Aos 47 minutos, depois de umm lance envolvendo Felipe, Gelvane e Clayton He Man próximo da bandeirinha de escanteio, no lado direito do ataque nacionalino, um torcedor azulino atirou uma latinha na direção de Clayton He Man. O auxiliar Ivo Fernando da Costa de Souza preferiu não paralisar o jogo e comunicar a ocorrência ao árbitro, recolhendo o objeto e guardando-o no bolso de sua bermuda.
Final de jogo, vitória nacionalina, latinha nos dois lados das torcidas, três expulsões, lances vibrantes, disputas ríspidas, público visivelmente bem maior que o oficialmente anunciado. Teve de tudo no primeiro jogo da decisão da Taça Cidade de Manaus... Até partida preliminar, do Campeonato Industriário, como havia nos bons tempos do estádio Vivaldo Lima!
Ficha Técnica:.
Nacional 4-2 Princesa do Solimões
Campeonato Amazonense Chevrolet 2013
Final da Taça Cidade de Manaus - Jogo de Ida
Quarta-feira, 8 de maio de 2013, às 20h30
Estádio Roberto Simonsen, o SESI, em Manaus/AM
Árbitro: Paulo César de Oliveira/FIFA-SP
Auxiliar 1: Ivo Fernando da Costa de Souza
Auxiliar 2: Odaly Peres Monteiro
4° Árbitro: João Batista Cunha de Brito
Delegado: José Roberto Moreira da Rocha
Renda: R$ 14.810,00
Público pagante: 1.781
Cartões amarelos: Charles 21, Vinícius 26 e Rondinelle 34 minutos do 1° tempo. Luan 11 minutos do 2° tempo.
Expulsões: Rocha 8, Charles 20 e Marinélson 40 minutos do 2° tempo.
Gols: Charles 19 e Marinélson 29 minutos do 1° tempo. Felipe (pênalti) 7, Felipe 13, Vinícius (pênalti) 18 e Danilo Rios 33 minutos do 2° tempo.
Nacional: Jairo; Amaral, Eliézio, Rafael Morisco (Rocha, no intervalo) e Wesley Bigu (Andrezinho 26/2°); Denis Santos, Roberto Dinamite, Felipe e Danilo Rios; Leonardo (Luan 10/2°)e Charles. Treinador: Aderbal Lana. Suplentes: Igor Lemos; Rocha, Luan, Miltinho, Andrezinho, Danilo Pereira e Lídio.
Princesa do Solimões: Luis Paulo; Deurick, Piru (Clemilton 31/2°), Clayton He Man e Gelvane; Rondinelle, Delciney (Léo 33/2°), Vinícius e Alessandro Toró (Edinho Canutama 15/2°); Marinélson e Joiner. Treinador: Marquinhos Píter. Suplentes: De Leon; Marquinhos, Marraquete, Léo, Clemilton, Edinho Canutama e Neto.
Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
Manaus/AM - Foi o melhor jogo do Campeonato Amazonense Chevrolet 2013. Emocionante, ríspido, pegado, alternado, vibrante... O Nacional venceu o Princesa do Solimões, no jogo de Ida da Final do Taça Cidade de Manaus, por 4-2, na noite desta quarta-feira (08/05), no estádio do SESI, em Manaus/AM. Mas o espetáculo esteve ameaçado por um personagem. O árbitro Paulo César de Oliveira, do quadro da FIFA, destoou, confuso e sem critérios. Seria exagero dizer que foi a pior arbitragem do Campeonato, no melhor jogo do Campeonato. Mas que o desempenho de Paulo César pode ser listado entre as cinco piores arbitragens do Barezão 2013, é admissível.
O Nacional entrou com sua força máxima, o time que se desenha ser o da disputa da Série D, cuja estréia ocorrerá no dia 2 de junho. O Princesa do Solimões veio com duas alterações: o goleiro Milton, contundido, deu lugar a Luis Paulo, o antigo titular; e Marquinhos Píter optou por Deurick na lateral-direita, no lugar de Clemilton, usando Delciney no meio. A opção, entretanto, se mostrou falha, com o Nacional construindo suas principais jogadas ofensivas pelo lado esquerdo do ataque, com Wesley Bigu e Leonardo, exatamente no setor de Deurick, que atuou quase todas as partidas em sua verdadeira posição, no meio de campo.
Logo no primeiro minuto, Wesley Bigu cruzou da esquerda e Charles cabeceou, com desvio na zaga para escanteio. Com cinco minutos o ataque foi pela direita, com Dênis Santos cabeceando para fora. Aos 9 minutos, a jogada foi pelo meio, com Bigu cortando no meio-de-campo a tentativa de contra-ataque nacionalino, mas no rebote do corte, Felipe foi lançado na direita, ganhou na corrida de Clayton He Man, penetrou na área, mas bateu para fora.
Paulo César Oliveira começou a dar o tom de sua arbitragem aos 15 minutos, quando Felipe entrou com violência em Gelvane e ficou tudo na conversa. No minuto seguinte Marinélson desceu pela esquerda, entrou na área e cruzou rasteiro, rasante, com perigo.
O Nacional abriu o marcador aos 19 minutos, numa jogada que já está se tornando marca registrada do trio ofensivo. Leonardo iniciou jogada pela esquerda e cruzou para Felipe ajeitar de cabeça para Charles, marcou de peixinho, na pequena área.
Marinélson comandou a reclamação princesina por uma suposta falta na jogada e merecia levar cartão amarelo. Logo depois, numa disputa com Clayton He Man no campo defensivo do Princesa do Solimões, Charles entrou violentamente de carrinho, e levou cartão amarelo, num lance que ficou barato, pois cabia o cartão vermelho de forma direta.
O Princesa não se abalou e buscou o empate. Aos 24 minutos, Delciney lançou Marinélson pela direita e o atacante entrou na área em velocidade, mas se enrolou com a bola ao tentar driblar seu marcador. Dois minutos depois o Princesa pressionou na área nacionalina e Rafael Morisco cortou o chute perigoso de Marinélson. Aos 26 minutos, Vinícius foi amarelado.
O empate surgiu aos 29 minutos. Gelvane se deslocou da esquerda para a direita, para cobrança de falta e levantou na área onde Marinélson, livre de marcação, cabeceou para o fundo das redes. A torcida ainda comemorava o empate quando, aos 31 minutos, Leonardo cruzou da esquerda, Felipe subiu de cabeça e testou no contra-pé de Luis Paulo, com a bola beijando a trave direita, e a zaga aliviando o perigo.
Aos 38 minutos o Nacional teve duas chances de ampliar o marcador. Na primeira, Felipe foi lançado na esquerda, invadiu a área e cruzou rasteiro, perigoso, com Piru tirando o perigo e saindo jogando com categoria. Na sequência, Danilo Rios saiu driblando e escapando de faltas e, na entrada da área, rolou para Charles, que bateu prensado com Piru, ganhando escanteio.
No minuto seguinte o Princesa do Solimões teve um gol bem anulado, quando Marinélson foi lançado, a zaga falhou, o atacante driblou Jairo e marcou, mas com o lance já invalidado pelo auxiliar Ivo Fernando da Costa de Souza. Aos 42 minutos Danilo Rios limpou seu marcador na entrada da área e bateu, com a bola desviando em Piru e saindo para escanteio. A última emoção do primeiro tempo foi para a torcida do Princesa, aos 44 minutos, quando Vinícius cobrou falta na área, Jairo socou, Deurick ajeitou de cabeça para Delciney tentar a puxeta, mas a zaga nacionalina espanou o perigo de sua área.
No segundo tempo, o Nacional voltou com Rocha no lugar de Rafael Morisco. E começou melhor, sufocando o Princesa. Aos 3 minutos Danilo Rios ajeitou para Leonardo, que bateu para o gol com a bola desviando na zaga e saindo em escanteio. Dois minutos depois Danilo Rios cruzou, Felipe cabeceou para o meio da área, buscando algum companheiro, mas a bola pegou na mão do zagueiro Clayton He Man e Paulo César Oliveira marcando pênalti sem titubear.
Na cobrança, ocorrida somente aos 7 minutos, Felipe bateu no canto direito de Luis Paulo, que ainda tocou na bola mas não conseguiu evitar o segundo gol nacionalino. Porém, no minuto seguinte, numa disputa área e sem perigo, o zagueiro Rocha desferiu um muro em Vinícius, sem necessidade, sendo expulso de forma direta. Imediatamente Aderbal Lana sacou Leonardo e colocou Luan, para recompor a zaga. Afoito, Luan entrou em campo antes da saída de Leonardo, já estreando no jogo com um cartão amarelo.
Não deu tempo nem dos jogadores do Princesa processarem a vantagem de um jogador a mais. Aos 13 minutos, Wesley Bigu cruzou da esquerda, a bola passou por Clayton He Man, que não cortou o lance, e Felipe só teve o trabalho de escorar para o gol, aumentando a vantagem azulina.
Marquinhos Píter sacou Alessandro Toró, que vinha jogando mal, muito abaixo de sua média, e partiu para um terceiro atacante: Edinho Canutama, aos 15 minutos, logo depois de levar o terceiro gol. E no seu primeiro lance, Edinho Canutama meteu a bola entre as pernas de Amaral e sofreu pênalti de Eliézio. Na cobrança de Vinícius, dois minutos depois, o meia colocou a bola no canto direito de Jairo, que pulou para o esquerdo, diminuindo o placar.
Aos 20 minutos o jogo foi paralisado em razão de algum torcedor do Princesa do Solimões ter jogado uma latinha no auxiliar Odaly Peres Monteiro. Paulo César foi pegar pessoalmente o objeto e entregou a João Batista, com a compreensível gesticulação que o fato fosse relatado em súmula.
No reinício da partida, em jogada idêntica à do primeiro tempo, mas com menor intensidade de violência, Charles repetiu o carrinho em Clayton He Man, praticamente na mesma área do campo, inversamente. Levou o segundo amarelo e o vermelho, deixando o Nacional com 9 jogadores, contra 11 do Princesa, que fez uma mudança na postura tática, com Rondinelle trocando de posição com Clayton He Man.
A terceira e última alteração no Nacional foi processada aos 26 minutos, com a entrada do lateral-direito Andrezinho no lugar do lateral-esquerdo Wesley Bigu. Aos 28 minutos, numa descida perigosa de Felipe pela direita, ele ganha de Gelvane e Bigu em jogada próximo à bandeirinha de escanteio e rolou para Danilo Rios, no bico direito ofensivo da grande área. O meia ajeitou e bateu colocado, buscando o canto direito de Luis Paulo, que voou na bola e, com a ponta dos dedos, mandou a escanteio, operando um verdadeiro milagre.
Aos 31 minutos, Marquinhos Píter tirou o zagueiro Piru e colocou o lateral-direito Clemilton. Mas, aos 33 minutos sofreu mais um golpe, o quarto gol. Roberto Dinamite conduziu o time ao ataque, prendendo a bola inteligentemente, limpando a jogada duas vezes e ficando em ambas em condições de chutar a gol. Quando estava prestes a ser desarmado, rolou para Danilo Rios, que praticamente repetiu a tentativa de cinco minutos antes, só que agora pelo lado esquerdo do ataque. Desta vez o milagre não se repetiu e o Nacional chegou ao quarto gol.
Como última tentativa de reação, Píter trocou Delciney por Léo, logo depois do gol. Aos 34 minutos, Rondinelle bateu de fora da área, Jairo espalmou e Edinho Canutama tocou para o gol, com o goleiro Jairo sendo o milagreiro da vez, evitando o gol princesino. Aos 36 minutos, Marinélson cruzou da direita e Edinho Canutama cabeceou como uma flecha, com Jairo realizando outro milagre, mandando a escanteio. Na continuação do lance, cruzamento para Deurick, que tenta o drible na entrada da área, com Eliézio chegando rasgando o perigo.
O Princesa do Solimões perdeu Marinélson aos 40 minutos, com cartão vermelho direto, após agressão em Andrezinho, embora o atacante tenha negado a atitude veemente, a ponto de contestar a decisão do árbitro e do auxiliar Odaly Peres Monteiro de forma violenta, o que pode lhe render complicações em seu julgamento, dependendo de como o fato está relatado na súmula.
Aos 47 minutos, depois de umm lance envolvendo Felipe, Gelvane e Clayton He Man próximo da bandeirinha de escanteio, no lado direito do ataque nacionalino, um torcedor azulino atirou uma latinha na direção de Clayton He Man. O auxiliar Ivo Fernando da Costa de Souza preferiu não paralisar o jogo e comunicar a ocorrência ao árbitro, recolhendo o objeto e guardando-o no bolso de sua bermuda.
Final de jogo, vitória nacionalina, latinha nos dois lados das torcidas, três expulsões, lances vibrantes, disputas ríspidas, público visivelmente bem maior que o oficialmente anunciado. Teve de tudo no primeiro jogo da decisão da Taça Cidade de Manaus... Até partida preliminar, do Campeonato Industriário, como havia nos bons tempos do estádio Vivaldo Lima!
Ficha Técnica:.
Nacional 4-2 Princesa do Solimões
Campeonato Amazonense Chevrolet 2013
Final da Taça Cidade de Manaus - Jogo de Ida
Quarta-feira, 8 de maio de 2013, às 20h30
Estádio Roberto Simonsen, o SESI, em Manaus/AM
Árbitro: Paulo César de Oliveira/FIFA-SP
Auxiliar 1: Ivo Fernando da Costa de Souza
Auxiliar 2: Odaly Peres Monteiro
4° Árbitro: João Batista Cunha de Brito
Delegado: José Roberto Moreira da Rocha
Renda: R$ 14.810,00
Público pagante: 1.781
Cartões amarelos: Charles 21, Vinícius 26 e Rondinelle 34 minutos do 1° tempo. Luan 11 minutos do 2° tempo.
Expulsões: Rocha 8, Charles 20 e Marinélson 40 minutos do 2° tempo.
Gols: Charles 19 e Marinélson 29 minutos do 1° tempo. Felipe (pênalti) 7, Felipe 13, Vinícius (pênalti) 18 e Danilo Rios 33 minutos do 2° tempo.
Nacional: Jairo; Amaral, Eliézio, Rafael Morisco (Rocha, no intervalo) e Wesley Bigu (Andrezinho 26/2°); Denis Santos, Roberto Dinamite, Felipe e Danilo Rios; Leonardo (Luan 10/2°)e Charles. Treinador: Aderbal Lana. Suplentes: Igor Lemos; Rocha, Luan, Miltinho, Andrezinho, Danilo Pereira e Lídio.
Princesa do Solimões: Luis Paulo; Deurick, Piru (Clemilton 31/2°), Clayton He Man e Gelvane; Rondinelle, Delciney (Léo 33/2°), Vinícius e Alessandro Toró (Edinho Canutama 15/2°); Marinélson e Joiner. Treinador: Marquinhos Píter. Suplentes: De Leon; Marquinhos, Marraquete, Léo, Clemilton, Edinho Canutama e Neto.
Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
Parabéns pela resenha, perfeita, inclusive em relação ao público presente. O NAcional mereceu vencer pois foi inteligente e ganhou nas falhas de marcação de nossa zaga. Esperemos que o jogo de volta seja tão bom quanto este. Saudações Princesianas!
ResponderExcluirObrigado pela leitura Raça Coan. Esteja sempre à vontade para emitir sua opinião (favorável ou contrária) neste espaço.
ResponderExcluir