Manaus/AM, 20 de fevereiro de 2015
Caro Fabrício Lima
Sei que não teria dificuldade em ter essa conversa contigo pessoalmente. Trabalhamos no mesmo prédio. Na verdade em Gbinetes vizinhos, parede a parede. Nos encontramos frequentemente na Câmara Municipal de Manaus, nos corredores e no Plenário. Aliás, quase diariamente. E nossos encontros são sempre muito receptíveis de sua parte (Vereador) comigo (Assessor Parlamentar). Tenho certeza que se eu quisesse lhe falar sobre o vou escrever agora, você me escutaria com toda atenção. Mas logo lembrei-me de uma antiga Seção da Revista Placar, com esse título Carta Aberta a (Fulano de Tal). Gostei e resolvi adotar essa tipo de comunicação. Afinal, como dizia Chacrinha (...) nada se cria, tudo se copia. Ainda mais sendo uma grande ideia, como era a Seção da Placar.
Confesso que num primeiro momento torci o nariz (demais) para essa despedida do Delmo no Vivaldo Lima (sim, insistirei sempre em chamar nossa Magnífica Arena de Vivaldo Lima, afinal penso que passada a Copa do Mundo a Fifa não impede mais esse meu ideal...). Não que o Delmo não mereça. Pelo contrário!!!. Eu mesmo gravei um depoimento para o Fernando Almeida, que virou DVD, na final do Campeonato Amazonense de 2009, falando sobre o Delmo. Lembro até hoje minhas palavras, por ser fruto da mais pura verdade: "o Delmo é uma unanimidade nos quatro grandes clubes da Capital - São Raimundo/AM, Rio Negro/AM, Nacional/AM e Fast Clube/AM. Foi ídolo e artilheiro por onde passou. E tem uma enorme identificação com o Amazonas. Teve inúmeras propostas (e boas propostas) para jogar fora do Estado e sempre preferiu ficar por aqui...". Confesso que não sinto a mesma admiração pelo José Aldo. Mas aí é cada um com eu cada qual!!!
Pouco a pouco, recebendo as notícias do evento através de sua Assessoria, vou tentando enxergar a partida com outros olhos, tentando cultivar simpatia pelo jogo. Sei que você não tem obrigação de escutar minhas queixas, mas deixe eu expressar o que me incomoda. Foi noticiado que não pode haver rodadas duplas nos nossos Estádios, ÚNICO LEGADO da Copa do Mundo. Pois bem, o Carlos Zamith, no final de janeiro de 2015, recebeu uma rodada dupla de pelada, duas finais de categoria (mirim e indígena). No dia 12 de fevereiro, foi a vez do Ismael Benigno, a Colina, receber sua jornada dupla - semifinal do campeonato de pelada, da mesma modalidade, adulto. Isso sem contar o castigo que foi a Copa Lima, onde teve dia com até SEIS jogos sequenciados. Agora vem essa rodada dupla no Vivaldão.
Eventos como esses (peladas, incontáveis peladas), mina o argumento de qualquer um que defende o soerguimento do futebol profissional. Nem vou entrar no mérito da qualidade técnica, pois sou defensor da tese que futebol bonito e domingada (eventos antagonistas) existem em qualquer lugar do mundo. Taí o Campeonato Carioca de 2015 (só para citar o mais charmoso e glamoroso) que não me deixa mentir... A conclusão da minha tese é que tudo depende de ponto de vista, de como o produto é tratado, principalmente pela imprensa, formadora de opinião.
Então, a rodada dupla não pode para os profissionais, mas pode para campeonatos de peladas. O evento do dia 28 será beneficente. Beleza!!! Maravilha!!! Mas não consigo enxergar ainda a vantagem de misturar profissional e confrarias. Tentei me convencer que o público que for assistir nossos grandes jogadores de um passado recente pode tomar gosto pelo nosso futebol. Precavido (ou realista) pensei de imediato: e se o público resolver chegar para ver somente a partida de fundo, entre os Amigos do Delmo versus Amigos do José Aldo??? Aí veio outra leve preocupação... Apesar da ideia de atrair o público para o Estádio, vai ter tonelada de gente dizendo: o futebol daqui é tão ruim, que é preliminar de pelada.
Não, não sou adivinho nem pessimista. Apesar da nossa proximidade. não tenho certeza se você me conhece o suficiente para identificar duas facetas minhas - sou um otimista incorrigível e muito pé no chão, pouco afeito a especulações. Essa leve preocupação, acredite, é fruto de quem bate há décadas na mesma tecla, tentando convencer incrédulos torcedores de sofá, que não frequentam nossas praças esportivas há anos, por terem escutado falar que o futebol daqui não presta, que é exatamente ao contrário do que ouviram falar. Que aqui tem qualidade sim... Igual a outros centros. E que aqui tem pixotada sim... Igual a outros centros.
Até que tive uma singela ideia, que encaminho a você, sabedor que sou (como toda Manaus), do enorme carinho e prestígio que você desfruta dentro da Rede Calderaro de Comunicação - detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Amazonense. Vamos lá... Que tal pegar toda essa gente boa, da terra, e gravar chamadas para o público prestigiar o Campeonato Amazonense de Futebol. O torcedor que assitir Delmo, Garanha, Ney Júnior (esses dois trabalhado em clube do Barezão 2015 - Manaus FC/AM e Fast Clube/AM, respectivamente), Marcos Pezão, Reginaldo, Alberto, Sidney, Márcio Parintins e Marinho Macapá (praticamente um amazonense), dentre outros, convocando-os para assistir aos jogos do Campeonato Amazonense, responderá positivamente, tenho certeza.
E aquele torcedor de sofá, que não frequenta Estádios do Amazonas há anos (alguns há décadas) só pelo ouvi falar que... se sentirá motivado a atender o apelo/convite de um Bebeto, Aldair, Alex Dias e dos atores José Loreto e Rafael Zulu (confesso que não os conheço, mas são globais daí né...[com todo respeito à Record/Band e SBT]), além do próprio José Aldo, que apesar de não ter minha admiração, goza de muito respeito e prestígio nacional e internacional, inegavelmente.
É uma forma de reforçar nossa identidade amazonense, com um produto amazonense, no caso nosso Campeonato de Futebol Profissional. Será uma grande contribuição para nosso certame regional. Será uma grande iniciativa para tentar o soerguimento de nosso futebol. Me parece perfeitamente exequível essa singela ideia. Principalmente com parceiros como você, usando todo seu prestígio em prol (também) do futebol profissional do Amazonas.
Fica a dica.
Teófilo Benarrós de Mesquita
Caro Fabrício Lima
Sei que não teria dificuldade em ter essa conversa contigo pessoalmente. Trabalhamos no mesmo prédio. Na verdade em Gbinetes vizinhos, parede a parede. Nos encontramos frequentemente na Câmara Municipal de Manaus, nos corredores e no Plenário. Aliás, quase diariamente. E nossos encontros são sempre muito receptíveis de sua parte (Vereador) comigo (Assessor Parlamentar). Tenho certeza que se eu quisesse lhe falar sobre o vou escrever agora, você me escutaria com toda atenção. Mas logo lembrei-me de uma antiga Seção da Revista Placar, com esse título Carta Aberta a (Fulano de Tal). Gostei e resolvi adotar essa tipo de comunicação. Afinal, como dizia Chacrinha (...) nada se cria, tudo se copia. Ainda mais sendo uma grande ideia, como era a Seção da Placar.
Confesso que num primeiro momento torci o nariz (demais) para essa despedida do Delmo no Vivaldo Lima (sim, insistirei sempre em chamar nossa Magnífica Arena de Vivaldo Lima, afinal penso que passada a Copa do Mundo a Fifa não impede mais esse meu ideal...). Não que o Delmo não mereça. Pelo contrário!!!. Eu mesmo gravei um depoimento para o Fernando Almeida, que virou DVD, na final do Campeonato Amazonense de 2009, falando sobre o Delmo. Lembro até hoje minhas palavras, por ser fruto da mais pura verdade: "o Delmo é uma unanimidade nos quatro grandes clubes da Capital - São Raimundo/AM, Rio Negro/AM, Nacional/AM e Fast Clube/AM. Foi ídolo e artilheiro por onde passou. E tem uma enorme identificação com o Amazonas. Teve inúmeras propostas (e boas propostas) para jogar fora do Estado e sempre preferiu ficar por aqui...". Confesso que não sinto a mesma admiração pelo José Aldo. Mas aí é cada um com eu cada qual!!!
Pouco a pouco, recebendo as notícias do evento através de sua Assessoria, vou tentando enxergar a partida com outros olhos, tentando cultivar simpatia pelo jogo. Sei que você não tem obrigação de escutar minhas queixas, mas deixe eu expressar o que me incomoda. Foi noticiado que não pode haver rodadas duplas nos nossos Estádios, ÚNICO LEGADO da Copa do Mundo. Pois bem, o Carlos Zamith, no final de janeiro de 2015, recebeu uma rodada dupla de pelada, duas finais de categoria (mirim e indígena). No dia 12 de fevereiro, foi a vez do Ismael Benigno, a Colina, receber sua jornada dupla - semifinal do campeonato de pelada, da mesma modalidade, adulto. Isso sem contar o castigo que foi a Copa Lima, onde teve dia com até SEIS jogos sequenciados. Agora vem essa rodada dupla no Vivaldão.
Eventos como esses (peladas, incontáveis peladas), mina o argumento de qualquer um que defende o soerguimento do futebol profissional. Nem vou entrar no mérito da qualidade técnica, pois sou defensor da tese que futebol bonito e domingada (eventos antagonistas) existem em qualquer lugar do mundo. Taí o Campeonato Carioca de 2015 (só para citar o mais charmoso e glamoroso) que não me deixa mentir... A conclusão da minha tese é que tudo depende de ponto de vista, de como o produto é tratado, principalmente pela imprensa, formadora de opinião.
Então, a rodada dupla não pode para os profissionais, mas pode para campeonatos de peladas. O evento do dia 28 será beneficente. Beleza!!! Maravilha!!! Mas não consigo enxergar ainda a vantagem de misturar profissional e confrarias. Tentei me convencer que o público que for assistir nossos grandes jogadores de um passado recente pode tomar gosto pelo nosso futebol. Precavido (ou realista) pensei de imediato: e se o público resolver chegar para ver somente a partida de fundo, entre os Amigos do Delmo versus Amigos do José Aldo??? Aí veio outra leve preocupação... Apesar da ideia de atrair o público para o Estádio, vai ter tonelada de gente dizendo: o futebol daqui é tão ruim, que é preliminar de pelada.
Não, não sou adivinho nem pessimista. Apesar da nossa proximidade. não tenho certeza se você me conhece o suficiente para identificar duas facetas minhas - sou um otimista incorrigível e muito pé no chão, pouco afeito a especulações. Essa leve preocupação, acredite, é fruto de quem bate há décadas na mesma tecla, tentando convencer incrédulos torcedores de sofá, que não frequentam nossas praças esportivas há anos, por terem escutado falar que o futebol daqui não presta, que é exatamente ao contrário do que ouviram falar. Que aqui tem qualidade sim... Igual a outros centros. E que aqui tem pixotada sim... Igual a outros centros.
Até que tive uma singela ideia, que encaminho a você, sabedor que sou (como toda Manaus), do enorme carinho e prestígio que você desfruta dentro da Rede Calderaro de Comunicação - detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Amazonense. Vamos lá... Que tal pegar toda essa gente boa, da terra, e gravar chamadas para o público prestigiar o Campeonato Amazonense de Futebol. O torcedor que assitir Delmo, Garanha, Ney Júnior (esses dois trabalhado em clube do Barezão 2015 - Manaus FC/AM e Fast Clube/AM, respectivamente), Marcos Pezão, Reginaldo, Alberto, Sidney, Márcio Parintins e Marinho Macapá (praticamente um amazonense), dentre outros, convocando-os para assistir aos jogos do Campeonato Amazonense, responderá positivamente, tenho certeza.
E aquele torcedor de sofá, que não frequenta Estádios do Amazonas há anos (alguns há décadas) só pelo ouvi falar que... se sentirá motivado a atender o apelo/convite de um Bebeto, Aldair, Alex Dias e dos atores José Loreto e Rafael Zulu (confesso que não os conheço, mas são globais daí né...[com todo respeito à Record/Band e SBT]), além do próprio José Aldo, que apesar de não ter minha admiração, goza de muito respeito e prestígio nacional e internacional, inegavelmente.
É uma forma de reforçar nossa identidade amazonense, com um produto amazonense, no caso nosso Campeonato de Futebol Profissional. Será uma grande contribuição para nosso certame regional. Será uma grande iniciativa para tentar o soerguimento de nosso futebol. Me parece perfeitamente exequível essa singela ideia. Principalmente com parceiros como você, usando todo seu prestígio em prol (também) do futebol profissional do Amazonas.
Fica a dica.
Teófilo Benarrós de Mesquita
Só uma palavra: Sensacional!
ResponderExcluirObrigado pela leitura, Rogério Machado.
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