[COTIDIANO] - Fast Clube/AM, Futebol, Amizade, Placar e Cerveja

Teófilo Benarrós de Mesquita
Fotos: Tâmilly Barreto (do Encontro) e Plutarco Botelho (das páginas da Placar)


Manaus/AM - Quando eu tinha 17 anos, meu sonho era cursar Jornalismo na (então) UA e, depois de Formado, ir trabalhar na Revista Placar. Era 1986 e nos anos anteriores, eu folheava avidamente as páginas semanais da Placar. Graduei-em em Letras, lendo textos maravilhosos e bem elaborados de José Maria de Aquino, João Saldanha, Juca Kfouri, Marcelo Rezende (corta prá mim, sim !!!), Lemyr Martins (que além de fotos, fazia os textos da Fórmula Um), José Trajano, Raul Quadros, Michel Laurence, Teixeira Heizer... Graduei-me em Geografia, conhecendo os quatro cantos do Brasil - de Erechim, onde o Ypiranga disputava o Campeonato Gaúcho, até Macapá, onde o Trem/AP mandava e desmandava nas Copas Integrações, que tinham as Fichas Técnicas de seus jogos publicadas no Tabelão.

Por questões familiares, não pude fazer Jornalismo. Optei em 1987, de forma errada, por Engenharia Civil - só não digo que foi um tempo perdido da minha vida porquê acabei tendo o privilégio de participar do primeiro processo eleitoral democrático na UA (Universidade do Amazonas), fazendo campanha e votando no Marcus Barros, no final de 1989, testemunhando um momento histórico da Redemocratização do Brasil, juntamente com a Eleição Presidencial de 1989. Assim, meu sonho de adolescência foi minado, e pouco a pouco sendo excluído de minha realidade profissional. Nem mesmo a entrada no Jornalismo, em 21 de agosto de 1989, foi suficiente para me reaproximar do Sonho, pois eu era clandestino (atuava sem formação acadêmica e registro profissional). Pelo menos, a inserção no mercado serviu para que eu conhecesse os principais Correspondentes da Placar no Amazonas - Flávio Seabra, Nicolau Libório e o fotógrafo Cláudio São Paulo.

Mas a Placar mudou. Foi Placar Mais. Depois, passou a ser mensal. E sem o Tabelão, a menina dos meus olhos desde sempre. Mas amor de verdade não se acaba assim. Decidi tentar ser colecionador e passei a comprar exemplares de colecionadores e de sebos. A maioria a partir de 1972. Nem pensava mais em adquirir as Edições atualizadas. Mas... (sempre tem um mas !!!). Depois de 44 anos, o meu Glorioso Fast Clube/AM tornou-se Campeão Amazonense. E aí rolou matéria na Placar. A autora da peça é minha amiga Jornalista Ennas Barreto, que escreveu para a Placar a matéria do Fast Clube/AM Campeão. Com direito a Dedicatória para momento tão histórico.

Ao descobrir que ela estava FELIZ e REALIZADA com o feito, sugeri "então vamos tomar uma para comemorarmos", convite prontamente aceito. Obrigado Ennas, pela disponibilidade. Pelo compartilhamento de alegrias distintas (ela profissionalmente e eu como torcedor). Pela paciência de me escutar quase uma hora falando sem parar. Por colocar meu Fast Clube/AM na Placar de novo. Pela singela mas significativa Dedicatória.

Foi um super-encontro, na última terça-feira (22/11), exatamente um mês após o Título do Fast Clube/AM. Eu, Ennas, seu esposo Marcelo e sua filha Tâmilly. A conversa, é claro, girou em torno de Futebol Amazonense, Jornalismo, as facetas da Placar ao longo dos anos, Fast Clube/AM... Eu devo ter assustado do Tamilly e o Marcelo, falando quase uma hora sem parar... Eu sou assim mesmo rs rs rs. Foi uma noite agradável, regado a uma cervejinha, de leve. Nos despedimos com a promessa de reeditarmos a rodada. Faltou a Paola Paiva e o Klauson Dutra. Espero que eles estejam no reencontro.

Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita

Comentários