Teófilo Benarrós de Mesquita
Foto: Daniel Ronan/Diário do Nordeste
Manaus/AM - Em meados dos Anos 80 eu curtia apenas um tipo de Música: o Rock Nacional, que vivia seu momento mais agudo, num Movimento Cultural que ficou conhecido como New Wave.
Já havia experimentado anteriormente, em pequenas dosagens, a riqueza de nossos talentos da MPB (Música Popular Brasileira). Minha Mãe me apresentou à Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis Regina... Os irmãos dela me trouxeram o conhecimento de Simone, Gal Costa, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Wando, o Sambista (o estupendo LP Glória a Deus no Céu e Samba na Terra). De meu Pai, herdei o gosto pelo Samba de Breque (Faustina, Acertei na Milhar...), os instrumentais (Ray Conniff, Paul Mauriat...), Trilhas Sonoras de Faroeste (Bang-Bang) e Hinos de Clubes.
Mas foi por intermédio de um irmão de meu Pai, meu falecido Tio Afrânio Bezerra de Menezes, que escutei pela primeira vez (de verdade), Belchior. Só quem conheceu o Tio Afrânio sabia de que ele tinha uma característica especialíssima de nos apresentar seus diversos artistas favoritas. Comigo era assim: "Broca, vou te mostrar uma Música que tu nunca escutou na vida. Presta atenção para sentires como a Música é linda!!!". Foi assim, por exemplo, com Raimundo Fágner. Invés das tocadíssima Canteiros, Mucuripe, Revelação ou Noturno ele me presentou com Ave Coração, e foi Amor à Primeira Vista.
Voltando a Belchior, nas rádios já tocava Eu Sou Apenas Um Rapaz Latino Americano..., mas para me conquistar pelo coração, mais uma vez o Tio Afrânio acertou em cheio, selecionando com cuidado a agulha do Toca Disco na faixa A Palo Seco. Os primeiros versos, já me encantaram, fazendo que eu viajasse no tempo. E, para fechar a composição, nada como a força dos versos e eu quero é que esse canto torto, feito faca, corte a carne de vocês!!!
O Bom Dia Musical desta segunda-feira (01/05) homenageia o cearense Belchior, falecido neste domingo (30/04), aos 70 anos. Para escutar A Palo Seco, copie e cole o link http://www.kboing.com.br/belchior/1-1007609/
Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava.
De olhos abertos, lhe direi:
- Amigo, eu me desesperava.
Sei que, assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em 73.
Mas ando mesmo descontente.
Desesperadamente eu grito em português:
- Tenho vinte e cinco anos de sonho e
De sangue e de América do Sul.
Por força deste destino,
Um tango argentino
Me vai bem melhor que um blues.
Sei, que assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em 73.
E eu quero é que esse canto torto,
Feito faca, corte a carne de vocês.
Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
Foto: Daniel Ronan/Diário do Nordeste
Manaus/AM - Em meados dos Anos 80 eu curtia apenas um tipo de Música: o Rock Nacional, que vivia seu momento mais agudo, num Movimento Cultural que ficou conhecido como New Wave.
Já havia experimentado anteriormente, em pequenas dosagens, a riqueza de nossos talentos da MPB (Música Popular Brasileira). Minha Mãe me apresentou à Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis Regina... Os irmãos dela me trouxeram o conhecimento de Simone, Gal Costa, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Wando, o Sambista (o estupendo LP Glória a Deus no Céu e Samba na Terra). De meu Pai, herdei o gosto pelo Samba de Breque (Faustina, Acertei na Milhar...), os instrumentais (Ray Conniff, Paul Mauriat...), Trilhas Sonoras de Faroeste (Bang-Bang) e Hinos de Clubes.
Mas foi por intermédio de um irmão de meu Pai, meu falecido Tio Afrânio Bezerra de Menezes, que escutei pela primeira vez (de verdade), Belchior. Só quem conheceu o Tio Afrânio sabia de que ele tinha uma característica especialíssima de nos apresentar seus diversos artistas favoritas. Comigo era assim: "Broca, vou te mostrar uma Música que tu nunca escutou na vida. Presta atenção para sentires como a Música é linda!!!". Foi assim, por exemplo, com Raimundo Fágner. Invés das tocadíssima Canteiros, Mucuripe, Revelação ou Noturno ele me presentou com Ave Coração, e foi Amor à Primeira Vista.
Voltando a Belchior, nas rádios já tocava Eu Sou Apenas Um Rapaz Latino Americano..., mas para me conquistar pelo coração, mais uma vez o Tio Afrânio acertou em cheio, selecionando com cuidado a agulha do Toca Disco na faixa A Palo Seco. Os primeiros versos, já me encantaram, fazendo que eu viajasse no tempo. E, para fechar a composição, nada como a força dos versos e eu quero é que esse canto torto, feito faca, corte a carne de vocês!!!
O Bom Dia Musical desta segunda-feira (01/05) homenageia o cearense Belchior, falecido neste domingo (30/04), aos 70 anos. Para escutar A Palo Seco, copie e cole o link http://www.kboing.com.br/belchior/1-1007609/
Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava.
De olhos abertos, lhe direi:
- Amigo, eu me desesperava.
Sei que, assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em 73.
Mas ando mesmo descontente.
Desesperadamente eu grito em português:
- Tenho vinte e cinco anos de sonho e
De sangue e de América do Sul.
Por força deste destino,
Um tango argentino
Me vai bem melhor que um blues.
Sei, que assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em 73.
E eu quero é que esse canto torto,
Feito faca, corte a carne de vocês.
Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
Comentários
Postar um comentário