[COTIDIANO] - A Volta do Bem Te Vi e da Borboleta Amarela

Teófilo Benarrós de Mesquita
Foto: Reprodução da Internet


Manaus/AM - Amanheci terça-feira (13/03), como há muito não acordava!!!

Sabe, não sei se as coisas acontecem todo tempo e nem sempre percebemos... Ou se acontecem só quando os Anjos estão de plantão.

Fazia muito tempo não acordava com o Bem Te Vi me saudando, no basculante do banheiro (sei que não é no basculante, mas o som entra no banheiro e no quarto por lá, por isso, para mim, o canto do Bem Te Vi será, sempre, no basculante do banheiro).

De imediato, dei o bom dia de volta e conversei com ele: "Bem Te Vi, há quanto tempo você não aparecia..."

Pensamento contínuo, como a tentar me lembrar há exatamente quanto tempo, veio-me à cabeça a data: 13 de março de 2018. Uma conta rápida e o resultado: 25 anos...

Apesar de já ter superado a ausência, a lágrima foi inevitável.

E daí me pus em reflexão:
Faz tanto tempo assim que o Bem Te Vi não aparece para mim?
Ou ele vem todo dia, e eu é que não presto atenção nele?
Será que apareceu hoje só para lembrar os 25 anos?!?

Lembrei da borboleta amarela, que sempre está no pátio, esperando eu abrir a porta para sair de casa e me dar o bom dia cotidiano e depois voar bailando, na leveza de seu bater de asas.

E ela também faz tempo que não me aparece. Ou será que ela está lá todo dia, e eu é que não presto atenção nela?

Será que o Bem Te Vi está cantando no meu basculante todos os dias, e eu estou tão insensível, a ponto de não notá-lo?

A resposta veio em seguida... Encontro minha sogra Sueli na cozinha, preparando nosso café. Ela não percebe minha aproximação e, pelo basculante da pia da cozinha, está a conversar com o Bem Te Vi: "oi, esquindozinha... Há quanto tempo que você não aparecia..."

Outra lágrima escorre sem que eu tenha o poder de detê-la.

É... Parece que faz tempo mesmo.

E, ao abrir a porta para sair de casa, adivinha quem está lá no pátio, me esperando? Ela me dá o seu bom dia e voa bailando, na leveza do seu bater de asas.

P.S.: Esquindô era como a Sueli chamada sua filha mais velha, Carla Alessandra.

A todos e a todas
Beijos do tamanho do Amazonas
Teófilo Benarrós de Mesquita

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