[JOGOS OLÍMPICOS 2020] - Hebert Conceição nocauteia ucraniano Campeão Mundial de 2017 e conquista Medalha de Ouro no Boxe

Do Site do COB
Comitê Olímpico Brasileiro
www.cob.org.br
Foto: Wander Roberto/COB
Rio de Janeiro/RJ - A Final Olímpica da categoria até 75 quilos prometia ser um combate difícil para Hebert Conceição contra o Campeão Mundial de 2017 Oleksandr Khyzhniak.

E o que se viu foi exatamente isso. O combate estava complicado para o brasileiro, com o ucraniano sendo mais agressivo desde o começo e conseguindo vencer os 2 primeiros rounds.

A 1 minuto e meio do fim, no entanto, Hebert acertou um soco espetacular e derrubou o adversário, conquistando a Medalha de Ouro e repetindo o feito de Robson Conceição nos Jogos Rio 2016.

A luta foi disputada na Arena Kokugikan, icônico local onde são disputadas lutas de Sumô na capital japonesa.

“Difícil falar a sensação, é incrível, uma emoção muito grande, senti e energia de todo mundo que estava torcendo. Eu pensei durante os rounds que tinha muita gente mandando energia por esse nocaute. Eu acreditei que eu podia e que bom que aconteceu, eu fui premiado e a gente merece”, afirmou o boxeador.

Para chegar ao Ouro Olímpico, Hebert passou nas Oitavas de Finais pelo chinês Tuohetaerbieke Tanglatihan, por 3-2, em decisão dividida dos árbitros.

Nas Quartas de Finais enfrentou o cazaque Abilkhan Amankul, Prata no Campeonato Mundial de 2017 e Vice-Campeão asiático, e passou por 3-2.

Na Semifinal, o adversário foi o russo Gleb Bakshi, Campeão Mundial de 2019, e novo triunfo verde-amarelo, dessa vez por 4-1.

O ucraniano começou mais agressivo na luta, mas Hebert conseguiu encaixar dois bons golpes no primeiro minuto. Oleksandr dava mais socos, enquanto o brasileiro, quando tentava os golpes, acertava bem o rival.

No fim, os cinco árbitros deram vitória para o ucraniano, que realmente foi mais agressivo.

Na segunda parcial, o ucraniano seguiu melhor apesar de, novamente, o brasileiro ter conseguido encaixar dois bons golpes.

O combate seguiu bem truncado, mas com o volume apresentado no começo do round, o ucraniano venceu de novo na opinião dos 5 árbitros.

Já atrás na decisão - todos os juízes já davam 20-18 para o ucraniano -, a única opção de Hebert era ir para cima e tentar ou o nocaute ou uma vitória tão convincente que os juízes dessem 10-8 para ele no placar no último assalto.

E foi o que o brasileiro fez, conseguiu um lindo golpe que levou o ucraniano ao chão.

“O atleta que eu enfrentei tem um jogo difícil de trabalhar, é um cara muito forte, intenso, é espetacular a forma física com que ele sempre se apresenta nas lutas. É um lutador incrível, respeito muito. Mas eu sabia da minha capacidade também. Treinei muito, levei muito a sério todo o trabalho que foi passado durante o ciclo, durante toda minha iniciativa desde que comecei no boxe. Eu tinha perdido dois rounds, tinha mais um. Apesar de a pontuação ser adversa, eu sabia que em 3 minutos dava para reverter com um nocaute. Se vocês perceberam no começo do round eu já fui para uma luta franca e falei 'se tomar nocaute aqui não interessa, estou perdido, agora eu vou buscar o meu'. E sabia que na trocação era loteria. Consegui conectar um bom cruzado, que eu treino muito também quando estou simulando situações de trocação. Essa Medalha de Ouro é para o Brasil”.

Esta é a 8ª medalha do Boxe na história olímpica e a 3ª nos Jogos de Tóquio.

Agora a torcida é pela Final da Bia Ferreira (até 60 quilos) no domingo (08/08) às 14 horas do Japão (1h de Manaus/AM) na busca pelo 2º Ouro brasileiro no Boxe em Tóquio 2020.

Abner Teixeira já conquistou o Bronze na categoria até 91 quilos.

O Boxe brasileiro deixará Tóquio com sua melhor campanha na história olímpica.

Com Cordiais,
Saudações Fastianas !
Teófilo Benarrós de Mesquita

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