[CARNAVAL] - Ecad estima queda de 62% na arrecadação e distribuição de Direitos Autorais em razão da suspensão de festas
Alana Granda
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Fernando Maia/Riotur
Rio de Janeiro/RJ - O relatório O Que o Brasil Ouve, elaborado pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), revela que a suspensão de eventos e de blocos carnavalescos terá forte impacto para a indústria da música, resultando em queda de mais de 60% na arrecadação de direitos autorais.
A previsão do Ecad é arrecadar R$ 6 milhões no período do Carnaval, o que representa redução de 62% no valor arrecadado em 2020, antes da pandemia da Covid-19.
Até o final do mês de janeiro, foram arrecadados 41% dessa estimativa, que se refere a eventos já licenciados e pagos previamente.
Segundo o Ecad, o prejuízo financeiro e cultural também será grande para a indústria da música, principalmente para aqueles que vivem da música e do direito autoral.
No Carnaval de 2020, foram pagos R$ 24 milhões em direitos autorais para mais de 14 mil compositores e demais artistas, pelas músicas tocadas durante o período.
A superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, lembra que este ano o Carnaval ainda não vai voltar a todo vapor.
“Diversas capitais já anunciaram o cancelamento de shows e eventos, o que vai impactar a arrecadação e distribuição de direitos autorais de música. A instabilidade do cenário pode levar a uma arrecadação ainda menor que a prevista no início do ano”, disse.
Tem sido registrada também grande queda na quantidade de eventos e shows previstos para este ano.
Até a primeira semana de fevereiro, 94 shows e eventos de Carnaval estavam cadastrados no Ecad, com previsão de realização neste período.
A retração alcança 98%¨ em comparação ao ano de 2020, quando os eventos estavam liberados.
Os três Estados que se destacavam na arrecadação de direitos autorais no Carnaval, devido à quantidade de eventos realizados, a Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, foram bastante prejudicados.
A Bahia teve queda de 89% na arrecadação, seguida por Rio de Janeiro e São Paulo, com retração de 81%, cada.
A exemplo do que ocorreu no ano passado, a pandemia da Covid-19 terá impacto negativo no Carnaval de 2022 sobre a renda de compositores, intérpretes e músicos.
A previsão é que haverá diminuição, este ano, de pelo menos 50% na distribuição de direitos autorais, em relação aos valores do ano passado, quando os eventos também não foram realizados no país.
Em 2021, com o objetivo de minimizar os efeitos negativos para compositores, intérpretes e músicos, as associações de música que administram o Ecad realizaram adiantamento de R$ 10 milhões à verba de Carnaval.
Sem essa medida, o repasse seria de R$ 2,6 milhões, valor 87% menor que o distribuído em 2020.
RANKING
O levantamento feito pelo Ecad das músicas mais tocadas no Brasil nos últimos cinco Carnavais, entre 2016 e 2020, destaca as tradicionais marchinhas.
Os primeiros lugares foram assumidos pelas músicas Me Dá Um Dinheiro Aí, de autoria de Ivan Ferreira, Glauco Ferreira e Homero Ferreira; Cachaça, de Marinósio Filho, Heber Lobato, Lúcio de Castro e Mirabeau; e Maria Sapatão, de João Roberto Kelly, Carlos, Chacrinha e Leleco.
O Ranking das dez mais tocadas inclui ainda O Teu Cabelo Não Nega, de Raul do Rego Valença, Lamartine Babo e Joao Valença; Sassaricando, de Mario Gusmão Antunes, Luiz Antonio, Castelo e Candeias Jota Jr.; Mamãe Eu 1uero, de Jararaca e Vicente Paiva; Marcha da Cueca, de Celso Teixeira, Carlos Mendes e Livardo Alves da Costa; Saca-Rolha, de Zé da Zilda, Zilda do Zé e Waldir Machado; Peguei um Ita no Norte, de Arizão, Bala, Guaracy, Dema Chagas, Celso Trindade; e A Jardineira, de Humberto Carlos Porto e Benedito Lacerda.
Com cordiais,
Saudações Fastianas !
Teófilo Benarrós de Mesquita
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Fernando Maia/Riotur
Rio de Janeiro/RJ - O relatório O Que o Brasil Ouve, elaborado pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), revela que a suspensão de eventos e de blocos carnavalescos terá forte impacto para a indústria da música, resultando em queda de mais de 60% na arrecadação de direitos autorais.
A previsão do Ecad é arrecadar R$ 6 milhões no período do Carnaval, o que representa redução de 62% no valor arrecadado em 2020, antes da pandemia da Covid-19.
Até o final do mês de janeiro, foram arrecadados 41% dessa estimativa, que se refere a eventos já licenciados e pagos previamente.
Segundo o Ecad, o prejuízo financeiro e cultural também será grande para a indústria da música, principalmente para aqueles que vivem da música e do direito autoral.
No Carnaval de 2020, foram pagos R$ 24 milhões em direitos autorais para mais de 14 mil compositores e demais artistas, pelas músicas tocadas durante o período.
A superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, lembra que este ano o Carnaval ainda não vai voltar a todo vapor.
“Diversas capitais já anunciaram o cancelamento de shows e eventos, o que vai impactar a arrecadação e distribuição de direitos autorais de música. A instabilidade do cenário pode levar a uma arrecadação ainda menor que a prevista no início do ano”, disse.
Tem sido registrada também grande queda na quantidade de eventos e shows previstos para este ano.
Até a primeira semana de fevereiro, 94 shows e eventos de Carnaval estavam cadastrados no Ecad, com previsão de realização neste período.
A retração alcança 98%¨ em comparação ao ano de 2020, quando os eventos estavam liberados.
Os três Estados que se destacavam na arrecadação de direitos autorais no Carnaval, devido à quantidade de eventos realizados, a Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, foram bastante prejudicados.
A Bahia teve queda de 89% na arrecadação, seguida por Rio de Janeiro e São Paulo, com retração de 81%, cada.
A exemplo do que ocorreu no ano passado, a pandemia da Covid-19 terá impacto negativo no Carnaval de 2022 sobre a renda de compositores, intérpretes e músicos.
A previsão é que haverá diminuição, este ano, de pelo menos 50% na distribuição de direitos autorais, em relação aos valores do ano passado, quando os eventos também não foram realizados no país.
Em 2021, com o objetivo de minimizar os efeitos negativos para compositores, intérpretes e músicos, as associações de música que administram o Ecad realizaram adiantamento de R$ 10 milhões à verba de Carnaval.
Sem essa medida, o repasse seria de R$ 2,6 milhões, valor 87% menor que o distribuído em 2020.
RANKING
O levantamento feito pelo Ecad das músicas mais tocadas no Brasil nos últimos cinco Carnavais, entre 2016 e 2020, destaca as tradicionais marchinhas.
Os primeiros lugares foram assumidos pelas músicas Me Dá Um Dinheiro Aí, de autoria de Ivan Ferreira, Glauco Ferreira e Homero Ferreira; Cachaça, de Marinósio Filho, Heber Lobato, Lúcio de Castro e Mirabeau; e Maria Sapatão, de João Roberto Kelly, Carlos, Chacrinha e Leleco.
O Ranking das dez mais tocadas inclui ainda O Teu Cabelo Não Nega, de Raul do Rego Valença, Lamartine Babo e Joao Valença; Sassaricando, de Mario Gusmão Antunes, Luiz Antonio, Castelo e Candeias Jota Jr.; Mamãe Eu 1uero, de Jararaca e Vicente Paiva; Marcha da Cueca, de Celso Teixeira, Carlos Mendes e Livardo Alves da Costa; Saca-Rolha, de Zé da Zilda, Zilda do Zé e Waldir Machado; Peguei um Ita no Norte, de Arizão, Bala, Guaracy, Dema Chagas, Celso Trindade; e A Jardineira, de Humberto Carlos Porto e Benedito Lacerda.
Com cordiais,
Saudações Fastianas !
Teófilo Benarrós de Mesquita
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