Teófilo Benarrós de Mesquita
Foto: Facebook de Caetano Veloso
Manaus/AM - Caetano Emanuel Viana Teles Veloso, baiano de Santo Amaro da Purificação/BA é um dos mais completos artistas brasileiros.
Gravou seu primeiro LP em 1967, aos 25 Anos. No mesmo ano estoura em todo o Brasil com a Música Alegria, Alegria, 4ª colocada no III Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record.
Foi o início do movimento musical intitulado Tropicalismo.
Engajado politicamente, combateu a Ditadura Militar vigente no Brasil. Foi preso e exiliado em 1969, juntamente com Gilberto Gil. Os dois passam a viver em Londres.
Multitalentoso e multipremiado, Caetano Veloso é o Homenageado Bom Dia Musical desta domingo (07/08), na celebração de seus 80 Anos de Vida.
Para comemorar a data, o Blog do Teófilo apresenta Podres Poderes, de 1984.
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais
Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais
Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos
Será, será que será que será que será
Será que essa minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas, negros e mulheres
E adolescentes fazem o carnaval
Queria querer cantar afinado com eles
Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas
E nos Gerais
Será que apenas os hermetismos pascoais
Os tons, os mil tons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas
E nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais
Será que nunca faremos senão confirmar
Na incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos
Será, será, que será
Que será, que será
Será que essa minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos?
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais
Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais
Enquanto os homens
Exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais
Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
Foto: Facebook de Caetano Veloso
Manaus/AM - Caetano Emanuel Viana Teles Veloso, baiano de Santo Amaro da Purificação/BA é um dos mais completos artistas brasileiros.
Gravou seu primeiro LP em 1967, aos 25 Anos. No mesmo ano estoura em todo o Brasil com a Música Alegria, Alegria, 4ª colocada no III Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record.
Foi o início do movimento musical intitulado Tropicalismo.
Engajado politicamente, combateu a Ditadura Militar vigente no Brasil. Foi preso e exiliado em 1969, juntamente com Gilberto Gil. Os dois passam a viver em Londres.
Multitalentoso e multipremiado, Caetano Veloso é o Homenageado Bom Dia Musical desta domingo (07/08), na celebração de seus 80 Anos de Vida.
Para comemorar a data, o Blog do Teófilo apresenta Podres Poderes, de 1984.
Enquanto os homens exercem seus podres poderes, morrer e matar de fome, de raiva e de sede, são tantas vezes gestos naturais
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais
Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais
Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos
Será, será que será que será que será
Será que essa minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas, negros e mulheres
E adolescentes fazem o carnaval
Queria querer cantar afinado com eles
Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas
E nos Gerais
Será que apenas os hermetismos pascoais
Os tons, os mil tons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas
E nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais
Será que nunca faremos senão confirmar
Na incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos
Será, será, que será
Que será, que será
Será que essa minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos?
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais
Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais
Enquanto os homens
Exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais
Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
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