[DESPORTO PARALÍMPICO] - Professor garimpa talentos e já treinou mais de 150 estudantes paralímpicos

Da Secretaria de Comunicação
Fotos: Drance Jézus/Secom

Manaus/AM - Olhar para as pedras e transformar em diamantes. Esse é o lema do professor de Educação Física Joaquim Filho, de 63 anos, que atua há mais de 30 anos no Esporte Paralímpico.

O professor é reconhecido por garimpar talentos em potencial, em Manaus/AM, e promover autonomia para estudantes com deficiência por meio do esporte.

Natural de Itacoatiara/AM (a 176 quilômetros de Manaus/AM), Joaquim começou sua carreira em 1986, sempre buscando aprimorar seus conhecimentos na Educação Especial.

Fez especializações em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Em 2007, começou a atuar nas Paralimpíadas Escolares, onde está até hoje, dedicando-se integralmente a estudantes com deficiências.

Joaquim conta que a primeira vez que o Amazonas participou das Paralimpíadas Escolares foi por muita insistência dele.

“Levamos seis atletas a Brasília, em 2007, onde foram realizadas as Paralimpíadas Escolares, e conseguimos ganhar várias Medalhas de Ouro, Prata e Bronze, tanto no Atletismo como na Natação”, recorda.

BUSCA POR TALENTO
Mais de 150 estudantes já foram incentivados pelo professor Joaquim, alguns deles foram selecionados pela Seleção Brasileira e outros conquistaram títulos de melhores do mundo.

Grande parte dos atletas foi incentivada a iniciar a carreira no esporte após o contato com Joaquim. Cada aluno foi descoberto em um lugar diferente, uns no supermercado, outros na rua, no shopping e nas escolas.

“Sempre que eu saio em Família ou sozinho, no shopping, supermercado, Mercado Grande, Ponta Negra, e visualizo um deficiente, seja cadeirante ou com má formação congênita, isso me traz muita alegria. Eu vou, conquisto os pais, deixo meu cartão, converso e assim vou descobrindo os atletas”, explica.

Anne Marianne Pereira - Medalhista Paralímpica - foi uma das atletas fruto dessa busca. O professor conheceu a jovem na rua e resolveu convidá-la para fazer parte do time de atletas. Após muita insistência, com ela e a Mãe, Anne começou a treinar.

“Convidei a Mãe para vir à Vila Olímpica comigo e com a Filha. Peguei de carro, trouxe e depois de muito tempo é que a Mãe foi tendo confiança no trabalho realizado. E, hoje, a Filha já é Campeã Brasileira, tem índice nacional e assim por diante”, frisa.
Joaquim relembra que, desde de 2017, ela acumula 15 Medalhas no Atletismo.

Em 2022, participou de sua última edição das Paralimpíadas Escolares, em São Paulo/SP, onde bateu o recorde na modalidade.

Atualmente, o professor tem acompanhado a estudante, mesmo após as Paralimpíadas, treinando com ela para o Campeonato Brasileiro de Jovens.

“Esses que a sociedade não dá nada, eu pego como uma pedra e vou lapidando”, completa.

Para 2023, o professor pretende aumentar o time de Paraolímpicos que, atualmente, conta com 16 estudantes, dos quais sete vão passar a disputar em Campeonatos Juvenis.

A meta de Joaquim é levar 40 estudantes para as Paralimpíadas em 2023.

“Trabalhar com deficientes me deixa cada vez mais alegre e contente. Eu sei que podem vir bons resultados para eles, como crescimento, autonomia própria, que eles possam conquistar o espaço deles não só no Esporte, como na vida social. Isso me deixa muito feliz e o lema é: não desistir nunca, tente sempre”, finaliza.

Com cordiais
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita

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