[ECONOMIA] - 'É preciso colocar o rico no Imposto de Renda', reafirma Lula a líderes sindicais

Andreia Verdélio
Agência Brasil de Comunicação
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Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil

Brasília/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou nesta quarta-feia (18/01) que quer reajustar a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física com isenção para quem ganha até R$ 5 mil, e que começará a trabalhar na Reforma Tributária.

“Isenção e aumento de imposto precisa de lei, não pode fazer no grito, a gente tem que construir”, disse.

“É necessário muito convencimento no Congresso e organização da sociedade”, afirmou o presidente durante encontro com dirigentes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto.

Na terça-feia (17/01), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Governo quer votar a proposta de Reforma Tributária sobre a renda, no segundo semestre.

Já a parte centrada nos impactos sobre o consumo deve ser votada no primeiro semestre.

“O pobre de hoje que ganha R$ 3 mil proporcionalmente paga mais que alguém que ganha R$ 100 mil. Quem ganha muito paga pouco porque quem ganha muito recebe como dividendo, como lucro, para pagar pouco imposto de renda”, argumentou o presidente.

A falta de correção da tabela do Imposto de Renda nos últimos anos vai fazer com que, em 2023, pessoas que recebem um Salário Mínimo e meio tenham de pagar imposto pela primeira vez.

A última atualização da tabela foi feita em 2015 e o limite atual para isenção é de quase R$ 1.903,98.

Com o valor do mínimo em R$ 1.302,00, quem ganha um salário e meio recebe R$ 1.953,00, acima, portanto, da faixa de isenção.

A correção da tabela do Imposto de Renda é um dos pontos centrais na agenda econômica do novo Governo e promessa de campanha de Lula.

“Eu tenho uma briga com os economistas do PT. O pessoal fala assim ‘se fizer isenção até R$ 5 mil são 60% da arrecadação desse país’. Então vamos mudar a lógica, vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, disse Lula.

“A gente não ganha isso [correção da tabela] se não houver mobilização do povo brasileiro para mudar, uma vez na vida, a política tributária para colocar o pobre no Orçamento da União e colocar o rico no Imposto de Renda, para ver se a gente arrecada o suficiente para fazer política social nesse país”, completou.

Com cordiais,
Saudações Fastianas !
Teófilo Benarrós de Mesquita

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