[POLÍTICA] - Alexandre de Moraes autoriza apreensão de eletrônicos e armas de deputada Carla Zambelli
Felipe Pontes
Foto: Valter Campanato
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Brasília/DF - Na decisão em que autorizou as diligências pedidas pela PF (Polícia Federal) contra a deputada Carla Zambelli (PL/SP), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ordenou também a apreensão de celulares, tablets e computadores, bem como de armas, munições e quantias acima de R$ 10 mil eventualmente encontradas em endereços e veículos ligados à parlamentar.
Moraes escreveu que os agentes da PF deveriam “verificar a existência de eventuais cômodos secretos ou salas reservadas em quaisquer dos endereços diligenciados”, assim como recolher registros de frequência aos endereços ligados à parlamentar.
O ministro também afastou o sigilo bancário de Zambelli, do hacker Walter Delgatti Neto e de outras três pessoas ligadas à deputada, de forma a esclarecer transferências de R$ 13,5 mil, via Pix, para a conta de Delgatti. Segundo as investigações, a quantia seria pagamento por serviços de invasão bem-sucedida a sistemas do Poder Judiciário.
Delgatti foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (02/08), em Araraquara, no estado de São Paulo.
Ele é suspeito de invadir o BNMP/CNJ (Banco Nacional de Mandados de Prisão, do Conselho Nacional de Justiça, em 4 de janeiro. Na época, o CNJ divulgou a abertura de investigações para apurar o caso.
No falso documento, consta que Moraes teria mandado prender a si mesmo por “litigância de má-fé”, isto é, por ter acionado o sistema judiciário sem causa plausível.
“Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”, dizia outro trecho da falsa decisão.
Moraes determinou ainda que o relatório com o resultado das buscas seja entregue pela Polícia Federal em até 30 dias.
Estão à frente do caso os delegados Flávio Vieitez Reis e Elias Milhomem de Araújo.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) concordou com todas as medidas, afirmando serem “necessárias” para a elucidação do caso.
INVASÃO
De acordo com a decisão, Delgatti já prestou depoimento anterior à PF, no qual admitiu ser autor da invasão, após a qual, além do mandado falso pela prisão de Moraes, foram inseridos mandados de soltura de 10 presos espalhados por diferentes estados. Ele afirmou que o ato foi feito a pedido de Zambelli.
Em nota, a defesa de Zambelli disse que "confirma a realização de mandados de busca e apreensão em seus endereços nesta quarta-feira".
"A medida foi recebida com surpresa, porque a deputada peticionou, através de seu advogado constituído, o Dr. Daniel Bialski, colocando-se à disposição para prestar todas informações necessárias e em nenhum momento a parlamentar deixou de cooperar com as autoridades", continua o texto da nota.
"Respeita-se a decisão judicial, contudo, refuta-se a suspeita que tenha participado de qualquer ato ilícito. Por fim, a deputada Carla Zambelli aguardará, com tranquilidade, o desfecho das investigações e a demonstração de sua inocência”, acrescenta o texto.
À Agência Brasil, a defesa de Delgatti disse ainda não ter acesso ao inteiro teor da decisão pela prisão preventiva do investigado.
Com cordiais,
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
Foto: Valter Campanato
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Brasília/DF - Na decisão em que autorizou as diligências pedidas pela PF (Polícia Federal) contra a deputada Carla Zambelli (PL/SP), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ordenou também a apreensão de celulares, tablets e computadores, bem como de armas, munições e quantias acima de R$ 10 mil eventualmente encontradas em endereços e veículos ligados à parlamentar.
Moraes escreveu que os agentes da PF deveriam “verificar a existência de eventuais cômodos secretos ou salas reservadas em quaisquer dos endereços diligenciados”, assim como recolher registros de frequência aos endereços ligados à parlamentar.
O ministro também afastou o sigilo bancário de Zambelli, do hacker Walter Delgatti Neto e de outras três pessoas ligadas à deputada, de forma a esclarecer transferências de R$ 13,5 mil, via Pix, para a conta de Delgatti. Segundo as investigações, a quantia seria pagamento por serviços de invasão bem-sucedida a sistemas do Poder Judiciário.
Delgatti foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (02/08), em Araraquara, no estado de São Paulo.
Ele é suspeito de invadir o BNMP/CNJ (Banco Nacional de Mandados de Prisão, do Conselho Nacional de Justiça, em 4 de janeiro. Na época, o CNJ divulgou a abertura de investigações para apurar o caso.
No falso documento, consta que Moraes teria mandado prender a si mesmo por “litigância de má-fé”, isto é, por ter acionado o sistema judiciário sem causa plausível.
“Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”, dizia outro trecho da falsa decisão.
Moraes determinou ainda que o relatório com o resultado das buscas seja entregue pela Polícia Federal em até 30 dias.
Estão à frente do caso os delegados Flávio Vieitez Reis e Elias Milhomem de Araújo.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) concordou com todas as medidas, afirmando serem “necessárias” para a elucidação do caso.
INVASÃO
De acordo com a decisão, Delgatti já prestou depoimento anterior à PF, no qual admitiu ser autor da invasão, após a qual, além do mandado falso pela prisão de Moraes, foram inseridos mandados de soltura de 10 presos espalhados por diferentes estados. Ele afirmou que o ato foi feito a pedido de Zambelli.
Em nota, a defesa de Zambelli disse que "confirma a realização de mandados de busca e apreensão em seus endereços nesta quarta-feira".
"A medida foi recebida com surpresa, porque a deputada peticionou, através de seu advogado constituído, o Dr. Daniel Bialski, colocando-se à disposição para prestar todas informações necessárias e em nenhum momento a parlamentar deixou de cooperar com as autoridades", continua o texto da nota.
"Respeita-se a decisão judicial, contudo, refuta-se a suspeita que tenha participado de qualquer ato ilícito. Por fim, a deputada Carla Zambelli aguardará, com tranquilidade, o desfecho das investigações e a demonstração de sua inocência”, acrescenta o texto.
À Agência Brasil, a defesa de Delgatti disse ainda não ter acesso ao inteiro teor da decisão pela prisão preventiva do investigado.
Com cordiais,
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
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