[DIREITOS HUMANOS] - Senado Federal aprova ampliação da Lei de Cotas e inclui quilombolas

Fabíola Sinimbú
Foto: Marcello Casal Júnior
Agência Brasil de Comunicação
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Brasília/DF - O Senado Federal aprovou, na noite dessa terça-feira (24/10), o PL (Projeto de Lei) que amplia o sistema de cotas na rede de ensino federal. O texto aprovado na Câmara dos Deputados foi mantido integralmente, depois de oito emendas apresentadas em plenário terem sido rejeitadas. O texto segue para sanção presidencial.

Entre as mudanças previstas estão a inclusão de quilombolas no texto da Lei 12.711/12, que reserva 50% das vagas em universidades e institutos federais para estudantes de escolas públicas.

A metodologia também terá atualização anual nos percentuais de pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência, assim como nos critérios socioeconômicos, como renda familiar e estudo em escola pública.

Após a decisão do Congresso, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou a decisão em suas redes sociais.

“Que vitória a aprovação do aprimoramento da Lei de Cotas no Senado. Trabalhamos incansavelmente para defender essa política, que é a maior ação de reparação do nosso país. As cotas abrem portas e vão seguir abrindo!”

A matéria aprovada prevê que os critérios raciais sejam aplicados nas vagas que consideram a renda familiar e também nas vagas gerais, assim os candidatos cotistas só entrarão pela reserva de vagas se não forem aprovados nas vagas gerais.

Quanto aos critérios socioeconômicos, a classificação para cotistas passa a considerar estudantes em famílias com renda de até um salário mínimo por pessoa, atualmente R$ 1.320,00 e não mais 1,5 salário mínimo, como era anteriormente.

As vagas de cota serão distribuídas entre os grupos raciais e pessoas com deficiência, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), incluindo os quilombolas, que passaram a fazer parte da contagem no último Censo.

A atualização anual dos percentuais raciais e de pessoas com deficiência recebeu uma metodologia para os próximos três anos após a divulgação do resultado do Censo.

Com isso, será possível calcular a proporção de vagas gerais e das reservas que serão destinadas a pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.

O texto determina ainda a elaboração e divulgação de relatórios que permitam a avaliação do programa a cada dez anos.

Com cordiais,
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita

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