Paula Laboissière
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Concresul - Divulgação
Brasília/DF - Uma segunda comporta de segurança, localizada na zona norte de Porto Alegre/RS, se rompeu no início da tarde desta sexta-feira (03/05).
O portão 14 foi rompido pela força das águas que se acumulam em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul. A informação foi apresentada ao prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, em meio a coletiva de imprensa. Após ser comunicado, ele pergunta: “Todo o portão?” e a confirmação vem em seguida.
A comporta fica embaixo da Avenida Sertório e abre caminho para a Rua Voluntários da Pátria, perto do DC Navegantes.
“Aquele não é um dos maiores portões que temos. Ali é uma região plana e pode avançar Sertório adentro. Não podemos prever o quanto a água pode avançar”, avaliou o prefeito, ao solicitar que todo o efetivo da Defesa Civil seja deslocado para a região da comporta rompida.
Pouco antes de ser comunicado sobre o rompimento da comporta, Melo havia recomendado o fechamento do comércio pelo menos até o próximo domingo (05/05) em razão de iminente alagamento do Centro Histórico e do 4° Distrito de Porto Alegre.
“Vamos escorar nossos portões entre o 12 e o 14 porque eles têm problemas sim”, disse, ao citar que já haviam sido colocados sacos de areia em ambos os portões e, ainda assim, havia problemas de vazamento.
Ao citar o que chama de “evacuação orientada”, o prefeito diz: “quero apelar para as pessoas. Já que o comércio está fechando, penso que as pessoas que estão mais próximas do rio [Guaíba] deveriam também tomar essa providência de deixar o 4º Distrito”.
“Não posso chegar aqui e dizer ‘Garanto que 100% do portão não vai romper’. Não posso fazer isso e nem o engenheiro pode fazer isso. Tenho que trabalhar com todas as possibilidades. Nessas possibilidades, acho que sim, é razoável pedir para os moradores, especialmente do Centro Histórico e do 4º Distrito, que possam, além de fechar o comércio, não circular. Aqueles que puderem sair, evidentemente, essa é a recomendação do prefeito”, disse o prefeito, antes do rompimento.
Ainda durante a coletiva, o prefeito relatou que, neste momento, Porto Alegre/RS contabiliza 450 pessoas desabrigadas. Três abrigos estão recebendo vítimas das enchentes na cidade e um novo abrigo está sendo montado no bairro Menino Deus.
“Estamos analisando outras possibilidades – entre elas, o [ginásio de esportes] Gigantinho. Durante o dia, tomaremos mais decisões, de acordo com o número de desabrigados que, a cada momento, aumenta”.
“Sei que todo mundo, neste momento, quer ajudar e isso deve ser louvável e [ficamos] muito agradecidos. Mas não levem doações aos abrigos. Isso nos cria uma grande dificuldade. As doações devem ser levadas para a Defesa Civil. Ela organiza a distribuição”, disse.
“É um apelo que faço: precisamos de doações, muitas doações. Mas elas devem ser dirigidas aos locais certos para que a gente possa direcionar corretamente”.
CALAMIDADE PÚBLICA
Na noite desta quinta-feira (02/05), a prefeitura decretou estado de calamidade pública em Porto Alegre/RS. O instrumento classifica o desastre como de grande intensidade (nível III).
Na prática, o decreto - baseado em pareceres da Defesa Civil Municipal e da Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania) - autoriza a administração a empregar todos os recursos e voluntários na assistência à população e restabelecimento de serviços.
Além de as chuvas terem causado ao menos 31 mortes e deixado 74 pessoas desaparecidas, elas ainda afetaram os serviços de telecomunicações, dificultando ainda mais os trabalhos das equipes de resgate.
A Defesa Civil de Porto Alegre/RS divulgou um novo alerta nesta quinta-feira (03/05), indicando a possibilidade de continuidade das chuvas extremas até o meio-dia de segunda-feira (06/05).
Solicitações emergenciais devem ser feitas por meio do telefone 199, ou junto ao Corpo de Bombeiros (193).
Agência Brasil de Comunicação
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Foto: Concresul - Divulgação
Brasília/DF - Uma segunda comporta de segurança, localizada na zona norte de Porto Alegre/RS, se rompeu no início da tarde desta sexta-feira (03/05).
O portão 14 foi rompido pela força das águas que se acumulam em razão dos temporais que atingem o Rio Grande do Sul. A informação foi apresentada ao prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, em meio a coletiva de imprensa. Após ser comunicado, ele pergunta: “Todo o portão?” e a confirmação vem em seguida.
A comporta fica embaixo da Avenida Sertório e abre caminho para a Rua Voluntários da Pátria, perto do DC Navegantes.
“Aquele não é um dos maiores portões que temos. Ali é uma região plana e pode avançar Sertório adentro. Não podemos prever o quanto a água pode avançar”, avaliou o prefeito, ao solicitar que todo o efetivo da Defesa Civil seja deslocado para a região da comporta rompida.
Pouco antes de ser comunicado sobre o rompimento da comporta, Melo havia recomendado o fechamento do comércio pelo menos até o próximo domingo (05/05) em razão de iminente alagamento do Centro Histórico e do 4° Distrito de Porto Alegre.
“Vamos escorar nossos portões entre o 12 e o 14 porque eles têm problemas sim”, disse, ao citar que já haviam sido colocados sacos de areia em ambos os portões e, ainda assim, havia problemas de vazamento.
Ao citar o que chama de “evacuação orientada”, o prefeito diz: “quero apelar para as pessoas. Já que o comércio está fechando, penso que as pessoas que estão mais próximas do rio [Guaíba] deveriam também tomar essa providência de deixar o 4º Distrito”.
“Não posso chegar aqui e dizer ‘Garanto que 100% do portão não vai romper’. Não posso fazer isso e nem o engenheiro pode fazer isso. Tenho que trabalhar com todas as possibilidades. Nessas possibilidades, acho que sim, é razoável pedir para os moradores, especialmente do Centro Histórico e do 4º Distrito, que possam, além de fechar o comércio, não circular. Aqueles que puderem sair, evidentemente, essa é a recomendação do prefeito”, disse o prefeito, antes do rompimento.
Ainda durante a coletiva, o prefeito relatou que, neste momento, Porto Alegre/RS contabiliza 450 pessoas desabrigadas. Três abrigos estão recebendo vítimas das enchentes na cidade e um novo abrigo está sendo montado no bairro Menino Deus.
“Estamos analisando outras possibilidades – entre elas, o [ginásio de esportes] Gigantinho. Durante o dia, tomaremos mais decisões, de acordo com o número de desabrigados que, a cada momento, aumenta”.
“Sei que todo mundo, neste momento, quer ajudar e isso deve ser louvável e [ficamos] muito agradecidos. Mas não levem doações aos abrigos. Isso nos cria uma grande dificuldade. As doações devem ser levadas para a Defesa Civil. Ela organiza a distribuição”, disse.
“É um apelo que faço: precisamos de doações, muitas doações. Mas elas devem ser dirigidas aos locais certos para que a gente possa direcionar corretamente”.
CALAMIDADE PÚBLICA
Na noite desta quinta-feira (02/05), a prefeitura decretou estado de calamidade pública em Porto Alegre/RS. O instrumento classifica o desastre como de grande intensidade (nível III).
Na prática, o decreto - baseado em pareceres da Defesa Civil Municipal e da Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania) - autoriza a administração a empregar todos os recursos e voluntários na assistência à população e restabelecimento de serviços.
Além de as chuvas terem causado ao menos 31 mortes e deixado 74 pessoas desaparecidas, elas ainda afetaram os serviços de telecomunicações, dificultando ainda mais os trabalhos das equipes de resgate.
A Defesa Civil de Porto Alegre/RS divulgou um novo alerta nesta quinta-feira (03/05), indicando a possibilidade de continuidade das chuvas extremas até o meio-dia de segunda-feira (06/05).
Solicitações emergenciais devem ser feitas por meio do telefone 199, ou junto ao Corpo de Bombeiros (193).
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