Dólar sobe para R$ 5,69 e atinge maior nível desde agosto

Welton Máximo
Foto: Valter Campanato
Agência Brasil de Comunicação
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São Paulo/SP - Em um dia de turbulências no mercado financeiro, o Dólar encostou em R$ 5,70 e atingiu o maior nível desde o início de agosto. A Bolsa de Valores (B3) teve a segunda queda consecutiva, influenciada pelo recuo no preço do petróleo e pela expectativa de aumento de juros.

O Ddólar comercial encerrou esta sexta-feira (18/10) vendido a R$ 5,698, com alta de R$ 0,039 (+0,68%).

A cotação abriu em baixa, mas inverteu o movimento e passou a subir ainda na primeira hora de negociação. Na máxima do dia, por volta das 16h40min, a cotação atingiu R$ 5,70.

A moeda norte-americana situa-se no maior valor desde 5 de agosto, quando estava em R$ 5,74. A divisa acumula alta de R$ 0,25 (+4,61%) em outubro e sobe 17,41% em 2024.

No mercado de ações, o dia também foi instável. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 130.499 pontos, com queda de 0,22%.

O indicador subiu 0,71% às 10h16min, mas desacelerou e entrou em terreno negativo ainda na primeira hora de negociação, puxado por ações de petroleiras, influenciada pela queda do petróleo no mercado internacional e por papéis de empresas ligadas ao consumo, influenciados pela expectativa de aumento de juros.

Os fatores domésticos pesaram mais que o cenário internacional. O Dólar caiu perante as principais moedas de países emergentes após a divulgação de que o crescimento econômico da China no terceiro trimestre superou levemente as expectativas.

No cenário doméstico, o Dólar e a bolsa foram pressionados pela desconfiança dos investidores em relação ao aumento de gastos federais.

Nesta semana, o Governo enviou um projeto ao Congresso que exclui receitas próprias de estatais dependentes do Tesouro do Orçamento Federal e outro que destina R$ 4 bilhões do Fundo Nacional de Aviação Civil para socorrer empresas aéreas.

As indicações do Governo de que a equipe econômica enviará um pacote de corte de gastos obrigatórios não acalmaram os investidores.

Nos últimos dias, a ministra do Planejamento, Simone Tebet e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad informaram que enviarão um pacote de revisão de despesas após o segundo turno das eleições municipais.

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