Defesa de Braga Netto nega obstrução nas investigações

Luiz Claudio Ferreira
Agência Brasil de Comunicação
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Foto: Isac Nóbrega - Presidência da República
Brasília/DF - Os advogados de defesa do general Walter Braga Netto divulgaram uma nota, na tarde deste sábado (14/12), em que manifestaram a crença no “devido processo legal” e que “teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações”.

Os advogados Luís Henrique Cesar Prata, Gabriela Leonel Venâncio e Francisco Eslei de Lima, todos da Prata Advocacia, de Brasília/DF, divulgaram que tomaram conhecimento “parcial”, pela manhã, da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), e que vão se manifestar nos autos do processo após “plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida”.

A Polícia Federal prendeu o ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto.

Ele é um dos alvos do inquérito que apura a tentativa de Golpe de Estado no país após as eleições de 2022.

Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa com Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

De acordo com o relatório da Polícia Federal, há “diversos elementos de prova” contra Braga Netto, que teria atuado para impedir a total elucidação dos fatos, com tentativa de obstruir as investigações e com o objetivo de controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados”.

Segundo o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a trama golpista, os desdobramentos da investigação, a partir da operação Contragolpe, e novos depoimentos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demonstrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”.

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