Advogado diz que fará "defesa verdadeira" e que ex-presidente "não está bem"

Felipe Pontes
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Brasília/DF - O advogado Celso Vilardi, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da acusação de liderar uma tentativa de Golpe de Estado, disse nesta terça-feira (02/09), ao chegar para o primeiro dia de julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), que fará uma defesa “verdadeira, baseada em pontos jurídicos”.

Questionado se Bolsonaro manifestou vontade de acompanhar o julgamento presencialmente, Vilardi disse que sim, mas que o ex-presidente “não está bem”, com problemas de saúde, motivo pelo qual desistiu da ideia.

O advogado não detalhou quais seriam essas dificuldades médicas
.
O julgamento de Bolsonaro e mais sete ex-auxiliares por uma tentativa de Golpe de Estado e mais quatro crimes começou nesta terça-feira (02/09), com a leitura de um resumo do caso pelo relator, ministro Alexandre de Morares.

Além do ex-presidente, os réus são:
* Alexandre Ramagem - ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
* Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;
* Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
* Augusto Heleno - ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
* Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa;
* Walter Braga Netto - ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na chapa de 2022;
* Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Todos foram acusados dos seguintes crimes:
* liderar ou integrar organização criminosa armada;
* atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito;
* Golpe de Estado,
* dano qualificado por violência e grave ameaça e
* deterioração de patrimônio tombado.

Somadas, as penas podem ultrapassar os 40 anos de prisão.

A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A possibilidade de suspensão está prevista na Constituição.

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