Lula diz que Soberania é inegociável e repudia falsos patriotas

Paula Laboissière
Agência Brasil de Comunicação
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Foto: Ricardo Stuckert - Presidência da República
Brasília/DF - Durante discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (23/09), que não há justificativa para “medidas unilaterais e arbitrárias” direcionadas a Instituições e à Economia brasileira.

“A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”.

Em sua fala, Lula destacou que, pela primeira vez em 525 anos da história do Brasil, um ex-Chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito.

“Foi investigado, indiciado e julgado. Responsabilizado por seus atos em um processo minucioso. Teve amplo direito de defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas”.

“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e àqueles que os apoiam. Nossa Democracia e nossa Soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela. Democracias sólidas vão além do ritual eleitoral. Seu vigor pressupõe a redução das desigualdades, a garantia dos direitos mais elementares”.

Lula se referia à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de Golpe de Estado e outros quatro crimes.

Bolsonaro foi julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no início do mês e foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

O presidente Lula também fez menção ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP) que está nos Estados Unidos desde março e tem atuado junto ao governo Trump para impor medidas de retaliação ao Brasil.

Na segunda-feira (22/09), Eduardo Bolsonaro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), juntamente com o empresário Paulo Figueiredo, por coação.

As investigações foram conduzidas pela PF (Polícia Federal) que já tinha indiciado Eduardo Bolsonaro em agosto.


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