Bruno de Freitas Moura
Foto: Joédson Alves
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Rio de Janeiro/RJ - O policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini, preso por ter atirado no pé do entregador Valério de Souza Junior, foi afastado das funções por 90 dias, conforme informou a Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária).
José Rodrigo está detido desde domingo (31/08), quando se entregou à polícia.
Na madrugada de sábado (30/08), contrariado por Valério não levar o pedido de comida até o andar onde morava, em um prédio em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro/RJ, José Rodrigo disparou contra o pé do entregador.
Os entregadores de pedidos feitos pela internet não são obrigados a subir com os pedidos.
O crime foi filmado por Valério e circulou nas redes sociais. O entregador precisou de atendimento médico de urgência no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e prestou queixa na 32ª Delegacia de Polícia.
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Os investigadores coletaram depoimentos, recolheram a arma do agente penal e, a partir de análise das evidências, pediram à Justiça a prisão preventiva de José Rodrigo.
“Ao ver o cerco se fechar e após negociação com os agentes, o autor se apresentou na Cidade da Polícia [complexo que reúne delegacias especializadas], onde o mandado foi cumprido”, diz nota da Polícia Civil.
Na prisão preventiva, o suspeito é detido mesmo sem condenação definitiva, com o objetivo de garantir o processo criminal, sem prazo determinado para a soltura.
Nas redes sociais, o entregador Valério manifestou agradecimento por correntes de solidariedade e pediu que pessoas parassem de hostilizar moradores do endereço, informando que o agressor morava de aluguel e deixou a moradia.
“O autor do disparo não é proprietário do apartamento que ocupava e a proprietária, mediante o ocorrido e também por conta da depredação de seu imóvel, solicitou a entrega do mesmo, que estava sob aluguel. O autor do disparo não reside mais no local”, escreveu.
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informou que o agente penal teve a prisão mantida após audiência de custódia. Ele foi levado para o presídio Constantino Cokotós, em Niterói/RJ, unidade destinada a policiais presos.
Em nota, a secretaria informa que “repudia com veemência a conduta abominante atribuída ao servidor”. Além do afastamento, foi aberto um processo administrativo disciplinar contra ele.
A secretária Maria Rosa Nebel manifestou solidariedade ao entregador.
iFOOD
O iFood, plataforma por meio da qual Valério fazia a entrega, afirmou que não tolera qualquer tipo de violência contra entregadores parceiros e lamenta muito o acontecido.
Sobre o cliente, a empresa explicou que, quando as regras são descumpridas, são aplicadas sanções que podem ir desde advertência até o banimento da plataforma.
O iFood deixa claro que a obrigação do entregador é deixar o pedido no primeiro ponto de contato, seja o portão da casa ou a portaria do prédio. “Essa é a recomendação passada aos entregadores e aos consumidores”, assinala.
Ainda segundo a plataforma, no ano passado, foi lançado no Rio de Janeiro uma campanha para incentivar os clientes a irem até a portaria de seus condomínios para receber os pedidos, como forma de respeito aos entregadores.
“Clientes nos confundem com garçons”, reclama entregador de aplicativo.
O iFood informou que vai disponibilizar a Valério apoio jurídico e psicológico, oferecido em parceria com a organização de advogadas negras Black Sisters in Law, garantindo acesso à justiça e assistência emocional.
“Esperamos que o caso não fique impune e que Valério Junior se recupere rapidamente”, finaliza a nota.
Em março de 2024, um caso parecido aconteceu no Rio de Janeiro/RJ. O entregador Nilton Ramon de Oliveira, então com 24 anos, foi baleado por um cliente PM (Policial Militar), na Vila Valqueire, também Zona Oeste.
Em 2023, um desentendimento terminou com o entregador Max Ângelo dos Santos atacado por uma mulher com uma coleira de cachorro, em São Conrado, bairro nobre da Zona Sul carioca.
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Agência Brasil de Comunicação
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Rio de Janeiro/RJ - O policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini, preso por ter atirado no pé do entregador Valério de Souza Junior, foi afastado das funções por 90 dias, conforme informou a Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária).
José Rodrigo está detido desde domingo (31/08), quando se entregou à polícia.
Na madrugada de sábado (30/08), contrariado por Valério não levar o pedido de comida até o andar onde morava, em um prédio em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro/RJ, José Rodrigo disparou contra o pé do entregador.
Os entregadores de pedidos feitos pela internet não são obrigados a subir com os pedidos.
O crime foi filmado por Valério e circulou nas redes sociais. O entregador precisou de atendimento médico de urgência no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e prestou queixa na 32ª Delegacia de Polícia.
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Os investigadores coletaram depoimentos, recolheram a arma do agente penal e, a partir de análise das evidências, pediram à Justiça a prisão preventiva de José Rodrigo.
“Ao ver o cerco se fechar e após negociação com os agentes, o autor se apresentou na Cidade da Polícia [complexo que reúne delegacias especializadas], onde o mandado foi cumprido”, diz nota da Polícia Civil.
Na prisão preventiva, o suspeito é detido mesmo sem condenação definitiva, com o objetivo de garantir o processo criminal, sem prazo determinado para a soltura.
Nas redes sociais, o entregador Valério manifestou agradecimento por correntes de solidariedade e pediu que pessoas parassem de hostilizar moradores do endereço, informando que o agressor morava de aluguel e deixou a moradia.
“O autor do disparo não é proprietário do apartamento que ocupava e a proprietária, mediante o ocorrido e também por conta da depredação de seu imóvel, solicitou a entrega do mesmo, que estava sob aluguel. O autor do disparo não reside mais no local”, escreveu.
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informou que o agente penal teve a prisão mantida após audiência de custódia. Ele foi levado para o presídio Constantino Cokotós, em Niterói/RJ, unidade destinada a policiais presos.
Em nota, a secretaria informa que “repudia com veemência a conduta abominante atribuída ao servidor”. Além do afastamento, foi aberto um processo administrativo disciplinar contra ele.
A secretária Maria Rosa Nebel manifestou solidariedade ao entregador.
iFOOD
O iFood, plataforma por meio da qual Valério fazia a entrega, afirmou que não tolera qualquer tipo de violência contra entregadores parceiros e lamenta muito o acontecido.
Sobre o cliente, a empresa explicou que, quando as regras são descumpridas, são aplicadas sanções que podem ir desde advertência até o banimento da plataforma.
O iFood deixa claro que a obrigação do entregador é deixar o pedido no primeiro ponto de contato, seja o portão da casa ou a portaria do prédio. “Essa é a recomendação passada aos entregadores e aos consumidores”, assinala.
Ainda segundo a plataforma, no ano passado, foi lançado no Rio de Janeiro uma campanha para incentivar os clientes a irem até a portaria de seus condomínios para receber os pedidos, como forma de respeito aos entregadores.
“Clientes nos confundem com garçons”, reclama entregador de aplicativo.
O iFood informou que vai disponibilizar a Valério apoio jurídico e psicológico, oferecido em parceria com a organização de advogadas negras Black Sisters in Law, garantindo acesso à justiça e assistência emocional.
“Esperamos que o caso não fique impune e que Valério Junior se recupere rapidamente”, finaliza a nota.
Em março de 2024, um caso parecido aconteceu no Rio de Janeiro/RJ. O entregador Nilton Ramon de Oliveira, então com 24 anos, foi baleado por um cliente PM (Policial Militar), na Vila Valqueire, também Zona Oeste.
Em 2023, um desentendimento terminou com o entregador Max Ângelo dos Santos atacado por uma mulher com uma coleira de cachorro, em São Conrado, bairro nobre da Zona Sul carioca.
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