"COP30 fará o mundo olhar de uma forma diferente para a Amazônia", diz Lula

Pedro Rafael Vilela
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Ricardo Stuckert - Presidência da República
Brasília/DF - O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou neste domingo (02/11) com moradores da comunidade do Jamaraquá, que reúne cerca mais de mil famílias de extrativistas e ribeirinhos, na Floresta Nacional do Tapajós, que fica no Oeste do Pará.

A visita faz parte de uma série de agendas prévias à COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que acontecerá no período de 10 a 21 de novembro, em Belém/PA.

Antes disso, nos próximos dias 6 e 7 de novembro, Lula vai presidir a Cúpula do Clima, que reunirá dezenas de chefes de Estado na capital paraense.

Por isso, ao longo da próxima semana, o presidente permanecerá no Estado.

Aos ribeirinhos, ele discursou valorizando a oportunidade que a cúpula oferece de dar visibilidade à Amazônia e fazer o mundo ter um olhar diferente, que vai além da preservação da natureza.

“Essa COP30 é um momento único na história do Brasil, porque é um momento em que a gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que deve olhar para a Amazônia. Não é só pedir para a gente manter a Floresta em pé”, disse.

“É preciso pedir para que a gente mantenha a Floresta em pé e para ela ficar em pé, nós temos que dar sustentação Econômica, Educacional, de Saúde para as pessoas que tomam conta dessa Floresta em pé, porque essas pessoas não ganharam o que comer, as pessoas não vão tomar conta de nada”, acrescentou.

Próxima a Alter do Chão/PA, a comunidade do Jamaraquá também é reconhecida pelo Turismo de Base Comunitária, com trilhas por dentro da Floresta e dos igarapés, e ainda pela fabricação de biojóias.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou da visita. Segundo ela, o estilo de vida das famílias da região protege a Floresta.

“Aqui é exemplo de Bioeconomia, aqui é exemplo de Sociobiodiversidade, aqui é exemplo de como mantém a Floresta em pé e ela gera condições de vida e dignidade para as pessoas”, disse.

“Aqui tem os extrativistas, aqui tem os artesãos e as artesãs, aqui tem os seringueiros e seringueiras, aqui são muitas as atividades que eles vão combinando ao longo do ano”, completou.

Segundo ela, os ribeirinhos sabem respeitar o clico da Floresta, mantém a mata de pé por gerações, o que da dignidade às famílias.

De acordo com a Ministra, a Floresta Nacional do Tapajós reúne 1,2 mil famílias distribuídas em uma área de mais de 500 mil hectares preservados.

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