Governo Federal compra 2,5 mil toneladas de leite em pó da Agricultura Familiar

Bruno Bocchni
Foto: Bruno Peres
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
São Paulo/SP - A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) vai comprar 2,5 mil toneladas de leite em pó – volume equivalente a cerca de 20 milhões de litros de leite integral – de associações e cooperativas da Agricultura Familiar.

O investimento poderá chegar a R$ 106 milhões. O anúncio da medida foi feito nesta terça-feira (23/12) pelo presidente da estatal, Edegar Pretto.

A iniciativa, de acordo com Pretto, tem a intenção de “enxugar” a produção e fazer com que os preços pagos aos produtores retornem a patamares mais elevados.

“O que buscamos com essa ação é fortalecer a produção leiteira da Agricultura Familiar, adquirindo o excedente para garantir renda aos trabalhadores, manter uma atividade estratégica para o país e, ao mesmo tempo, assegurar o acesso a um alimento de qualidade às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional”, afirmou o presidente da Companhia do Governo Federal.

O Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo, concentrada nos estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que, juntos, respondem por cerca de 70% da produção nacional.

Apenas no ano passado, o país produziu 35,6 bilhões de litros de leite.

Atualmente, o valor de referência estabelecido pela PGPM (Política de Garantia de Preços Mínimos) é de R$ 1,88 por litro, enquanto o preço médio praticado pelo mercado gira em torno de R$ 2,22 por litro.

Na compra da Conab, considerando que, em média, são necessários oito litros de leite integral para a produção de um quilo de leite em pó, além dos custos operacionais, a Companhia pagará cerca de R$ 41,89 por quilo do produto.

A aquisição será realizada no âmbito do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), na modalidade Compra Institucional.

A Conab publicará nesta terça-feira (23/12) o aviso em seu site os produtores poderão se cadastrar até domingo (28/12) e ofertar os produtos disponíveis.

Agricultores familiares, por meio de associações, cooperativas e demais organizações formalmente constituídas dos Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Alagoas, Sergipe e Goiás, poderão inscrever propostas.

“Nossa cadeia produtiva vem sendo fortemente impactada por questões de preço e de mercado. Essa medida traz um desafogo importante, pois enfrentávamos dificuldades para escoar o leite para a indústria nos últimos dias. Saímos satisfeitos com essa iniciativa do Governo Federal, pois entendemos que ela permitirá a retomada do escoamento da produção para a indústria”, avaliou o presidente da Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste, de Santana do Livramento/RS, Elio Müller.

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