1970 - A Melhor Seleção de Todas as Copas
Por Teófilo Benarrós de Mesquita
A Copa do Mundo do México, em 1970, foi para muitos o Mundial dos Sonhos.
Pelos gramados mexicanos desfilaram craques considerados como os da melhor geração de futebol. Jogadores como Pelé, Beckenbauer, Bobby Moore, Riva, Boninsega, Mazurkiewicz...
E na melhor Copa, a Melhor Seleção de Todas as Copas ficou com o título e, também, com a posse definitiva da Taça Jules Rimet.
Foi uma conquista mais que legítima, pois estavam em campo todos os campeões: a Itália bicampeã de 1934 e 1938, o Uruguai bicampeão de 1930 e 1950, a Alemanha campeã de 1954, a Inglaterra campeã de 1966 e o Brasil.
Além dos craques e dos campeões, a Copa de 1970 ficou marcada por lances geniais e partidas memoráveis, de grande qualidade técnica.
Algumas jogadas são reprisadas até hoje como as mais fantásticas das Histórias das Copas, inclusive gols não marcados por Pelé contra a Tchecoslováquia (chute do meio de campo), Inglaterra (cabeçada e defesa espetacular de Gordon Banks) e Uruguai (drible de corpo no goleiro).
O show de 1970 só não foi melhor porque a televisão entrou em campo, com transmissões diretas, atrapalhando o desempenho dos jogadores.
Por influência financeira das emissoras que cobriam os jogos, o Mundial teve que adaptar horários de algumas partidas, para atender interesses de transmissão.
Assim, algumas partidas, como a própria final entre Brasil e Itália, tiveram que ser disputadas ao meio-dia, sob um esfuziante calor de 40 graus.
Na Copa do México foi adotada pela primeira vez a linguagem hoje universal dos cartões: amarelo para advertência e vermelho para expulsão de campo.
O atacante brasileiro Jairzinho estabeleceu um recorde que permanece até os dias atuais, ao marcar gols em todos os sete jogos disputados.
As semifinais foram jogos envolvendo apenas campeões do mundo: Itália x Alemanha e Brasil x Uruguai. A Inglaterra fora eliminada nas quartas de final pela Alemanha.
Com a vitória na semifinal por 3 a 1, o Brasil, de alguma forma, se vingou de derrota de 1950, na primeira partida em Copas contra o Uruguai depois daquela decisão.
Na final, soberano, venceu a Itália por 4 a 1, não deixando qualquer dúvida quanto à conquista do Tricampeonato e da Jules Rimet.
A Copa do México foi disputada entre 31 de maio e 21 de junho de 1970, por 16 seleções, em 32 partidas. Foram marcados 95 gols, proporcionando a média de 2,9 por partida.
Gerd Müller, da Alemanha, foi o artilheiro, com 10 gols. Gérson, do Brasil, foi eleito o Craque da Copa e Carlos Alberto Torres o capitão que ergueu a taça de campeão.
Na próxima postagem: Deu zebra e a Alemanha conquista o bicampeonato.
Realmente a Copa de 70 foi a melhor de todos os tempos, apesar de não ter nascido ainda nessa época. Quem não viu pode conferir no Filme oficial da FIFA que é muito bom, mesmo faltando alguns lances como o chute de Pelé do meio campo contra os tchecos e os lances geniais diante do Uruguai.
ResponderExcluirParabéns Teófilo!