[CLUBES DO AMAZONAS] - Manaus FC/AM celebra um ano do épico Acesso à Terceira Divisão, com a Arena Vivaldo Lima lotada
Da Assessoria de Comunicação
Foto: Antônio Assis/Arquivo
Manaus/AM - Um Estádio de Copa do Mundo lotado.
Uma partida entre dois times da Quarta Divisão do Futebol Brasileiro.
Um confronto que ganhou contornos épicos.
Uma vitória que jamais será esquecida pelos verdadeiros fãs do Futebol Amazonense.
Há exatamente um ano, o Manaus FC/AM escrevia uma das mais belas páginas do Futebol Amazonense ao derrotar de forma contundente o Caxias/RS por 3-0, na Arena Vivaldo Lima.
a vitória interrompeu um incômodo jejum de 20 anos sem Acesso de um clube local a qualquer divisão do Futebol Brasileiro.
A longa espera começou a ter fim aos 26 minutos do segundo tempo, quando Matheus Oliveira protejeu a bola, dentro da área, para um tiro fulminante do camisa 10 e Ídolo, Rossini.
"A emoção do gol é sem palavras. Aquele momento ali só lembrei das pessoas que mais amo nessa Vida que são meus filhos, o Bruno e a Bia. Dediquei o gol a eles e foi lindo demais ver a Arena lotada, a mobilização do povo amazonense. Acho que o povo amazonense mostrou verdadeiramente a sua cara, a cara de quem ama o futebol e se mobilizou por uma causa, a causa de um clube que envolveu o Estado. A torcida do Manaus FC/AM, a torcida do povo amazonense se fez presente naquela Arena e chega a arrepiar. A gente começa a lembrar, a gente começa a dar risada porque foram momentos mágicos que passamos ali", lembra o atacante Rossini (foto da postagem).
Até aquele momento, o gol de Rossini levaria o jogo para as cobranças de pênaltis, uma vez que o Gavião do Norte havia perdido o jogo de Ida.
Para vencer no tempo regulamentar era necessário pelo menos mais um gol e ele começou a nascer na cobrança de lateral, aos 39 minutos do segundo tempo.
Bola alçada na área.
Falha da defesa do Caxias/RS, Vitinho toca para Rossini marcar o segundo gol do dia no Colosso do Norte.
Explode coração !
Dono da segunda assistência do jogo, Vitinho sequer havia viajado para o primeiro confronto, em Caxias do Sul/RS.
No jogo em Manaus/AM, Diogo Dolem era o dono da posição até sofrer uma pancada violenta na cabeça e sair de ambulância do Estádio.
Vitinho entrou tímido no jogo.
Também pudera, fora um verdadeiro susto entrar daquele jeito, em pleno caldeirão da Arena Vivaldo Lima.
"O Dolem estava muito bem na partida. A entrada me pegou de surpresa. Mas eu sempre estava preparado. Aquele finalzinho do primeiro tempo foi só para aquecer", relembra Vitinho, revelando as palavras do treinador Wellington Fajardo durante o intervalo de jogo. "Ele disse para eu entrar e fazer o que eu sei de melhor. Então eu pude ajudar minha equipe com a minha velocidade, meus dribles, minha assistência", conta.
A velocidade máxima de Vitinho (foto acima) demonstrada no ataque que colocou o último prego no caixão do Caxias/RS. Em uma arrancada alucinante, Vitinho serviu Matheus Oliveira, que marcou o último gol da partida.
"Quando eu vejo o Vitinho arrancando em direção ao gol eu consigo achar do nada um pique de quase 100 metros. O Vitinho com aquela velocidade que ele tem quando ele me viu eu tive a decisão certa de puxar para dentro, para a minha perna boa que é a esquerda e fazer o gol. "Ali se passava na minha cabeça: 'agora acabou, o Acesso é nosso'. Foi inesquecível", lembra Matheus Oliveira, autor do último gol do jogo, aos 49 minutos do segundo tempo.
O treinador Wellington Fajardo gosta de lembrar que toda a campanha do Gavião do Norte em 2019, desde a conquista do Barezão, a manutenção da invencibilidade e a conquista do Acesso, foi um processo de construção em que o clube foi galgando degrau por degrau.
"Com certeza ninguém esperava que a gente pudesse conquistar um Acesso, principalmente em cima do Caxias/RS, que tinha folha salarial pelo menos quatro vezes maior que a nossa. Mas a união da equipe, a determinação de todos, o envolvimento de todos, essa sinergia que houve entre time e torcida... eu me sinto muito honrado por ter participado deste momento. Acho que isso foi um marco na história do Futebol Amazonense e também um marco para o Manaus FC/AM, um clube tão jovem, com apenas sete anos de Fundação, e já está na Série C. Eu acredito que o futuro é muito promissor e eu acredito que o pontapé inicial de tudo foi essa Acesso que nós tivemos", pontua ao treinador.
O apito final que sacramentou o Acesso do Gavião do Norte fez explodir de alegria o coração de dois amigos que tiveram a ousadia de começar um clube de futebol do zero. Luis Mitoso e Giovanni Silva, que um dia sonharam com a reconstrução do Futebol Baré, ali, escreviam de vez seus nomes na história do Futebol Amazonense.
"No apito final do árbitro, naquele momento senti uma sensação de dever cumprido e um sentimento de reconhecimento por todos os esforços que tínhamos feito. Fazia exatamente 20 anos que o Estado não tinha representante ascendendo uma divisão do Futebol Nacional. Naquele momento Deus nos abençoou", relembra Giovanni.
"Muita gente não acreditava que era possível começar um clube do nada, sem torcida. Mas nós tivemos essa ousadia. nós acreditamos quando ninguém acreditava. Sonhamos e devagar fomos construindo a história do Gavião do Norte. Ano após ano, Campeonato após Campeonato, sempre com muita esperança. Quando eu vi aquela Arena completamente lotada e a felicidade do povo com o Acesso, eu entendi que aquele sonho que a gente teve lá atrás, era o sonho de toda uma cidade, o sonho de todo um povo. Fizemos história", orgulha-se o Presidente do Manaus FC/AM, Luis Mitoso.
Com Cordiais
Saudações Fastianas !
Teófilo Benarrós de Mesquita
Teófilo Benarrós de Mesquita
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