[FUTEBOL FEMININO] - Inclusão, sonho e orgulho: Stefany faz história como primeira jogadora surda a disputar o Campeonato Brasileiro
Do Site Oficial da CBF
Confederação Brasileira de Futebol
http://www.cbf.com.br
Fotos: Priscila Pedroso - Palmeiras/SP
Rio de Janeiro/RJ - A história do Futebol Feminino brasileiro ganhou mais um capítulo de inclusão social. Na rodada do Campeonato Brasileiro A-1 no sábado (29/08), a meio-campista Stefany Krebs fez sua estreia pelo Palmeiras na competição. Tefy, como gosta de ser chamada, é a primeira jogadora surda a atuar no torneio nacional, fato marcante para ela e para outras que também têm o mesmo sonho.
Durante a vitória sobre a Ponte Preta/SP, em Campinas/SP, ela foi chamada pelo treinador Ricardo Belli e viveu um momento inesquecível.
“Fiquei muito feliz e grata pela oportunidade de representar a inclusão da comunidade surda no futebol. A pandemia me fez refletir bastante e voltei ainda mais focada para o Palmeiras/SP. O descanso também me ajudou a melhorar as minhas lesões, pois estava sentindo muita dor, principalmente no joelho, passei por uma operação no ano passado. Quando retornamos, me senti mais preparada para dar o meu melhor em campo”, afirma Stefany.
Natural de Erechim/RS, a gaúcha de 22 anos sabe bem como conquistar títulos. No currículo, ela é nome constante na Seleção Brasileira de Futsal para surdos desde os 15 anos, conquistando Mundial de Futsal de Surdos (2019), Campeonato Interclubes (2016), Campeonato Pan-Americano (2014), Campeonato Sul-Americano (2013) e Taça Brasil de Futsal (2013).
A surdez não impediu Tefy de sonhar e trabalhar forte por um lugar no elenco palmeirense. Desde que chegou, ela transformou a forma da equipe de se comunicar, ensinando Libras e criando gestos para as jogadas do dia a dia.
Além disso, ela conta com a ajuda do preparador físico William Bitencourt e da analista de desempenho Vanessa Silva, que são da Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Futsal de Surdos. Em trabalho separado, eles fazem um treinamento fora de campo diariamente com vídeos e explicações individuais.
“No começo, foi um pouco difícil me adaptar por conta da língua, já que eu uso Libras e eles usam o português. Com o tempo, fomos nos adaptando e isso foi melhorando cada vez mais. Todos os dias vou para o campo meia hora antes de treinar para saber as informações, entender melhor o que terá nos treinos e isso facilitou para que eu possa treinar com as meninas. Acredito que, cada vez mais, essa adaptação vai melhorar. Eu acredito muito”, comenta.
Diagnosticada com apenas dois meses de idade, a jogadora teve o apoio da Família no sonho de se tornar uma esportista profissional e na luta pela inclusão social dos surdos. Após o sucesso no Futsal, ela partiu para o desafio no campo no tradicional clube paulista e se sente orgulhosa pelas conquistas até agora.
“Até agora, vou dizer a frase que sempre falo para motivar as meninas/pessoas, que é: ‘Acredite nos seus sonhos, nunca desista ou duvide deles. Lembre-se de que você é capaz, pode conseguir e lute até o fim. Se não deu certo, tente mais uma vez e confie nas mãos de Deus, que Ele sempre tem melhor plano para nós. O importante é não ter medo de tentar’. Essa frase sempre me faz lembrar de não desistir, e sim lutar mais, até o último batimento do meu coração. Quanto mais foco nos objetivos, mais resultados bacanas você vai receber um dia. Orgulhosa? Sempre estou, impossível não estar! É muito importante amar a si mesma e ter orgulho das suas conquistas”, comemora.
A estreia contra a Ponte Preta/SP foi com o pé direito. Mesmo entrando aos 42 minutos do segundo tempo, a meio-campo ajudou o alviverde a conquistar a vitória por 4-1 no Estádio Moisés Lucarelli, garantindo os três pontos que deixaram a equipe na quinta colocação na tabela. A expectativa para a temporada é alta e ela pensa em uma coisa: o título.
“Nós, atletas, estávamos muito ansiosas para voltar a treinar. Mesmo com a pandemia, as jogadoras tiveram boa vontade e dedicação, todas treinaram muito bem. A nossa Comissão Técnica também nos motivou muito, eles nos ajudaram a não desanimar e nos deixaram com ainda mais foco nos treinos e jogos. Sei que teremos ainda mais vitórias, pois confio no meu time. Vamos continuar nesse ritmo e fazendo o melhor a cada jogo. O Palmeiras nunca desiste das lutas. O meu maior objetivo é fazer a história no clube e trazer títulos. Acredito muito no potencial de cada menina que está aqui”, conclui.
Com Cordiais,
Saudações Fastianas !
Teófilo Benarrós de Mesquita
Confederação Brasileira de Futebol
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Fotos: Priscila Pedroso - Palmeiras/SP
Rio de Janeiro/RJ - A história do Futebol Feminino brasileiro ganhou mais um capítulo de inclusão social. Na rodada do Campeonato Brasileiro A-1 no sábado (29/08), a meio-campista Stefany Krebs fez sua estreia pelo Palmeiras na competição. Tefy, como gosta de ser chamada, é a primeira jogadora surda a atuar no torneio nacional, fato marcante para ela e para outras que também têm o mesmo sonho.
Durante a vitória sobre a Ponte Preta/SP, em Campinas/SP, ela foi chamada pelo treinador Ricardo Belli e viveu um momento inesquecível.
“Fiquei muito feliz e grata pela oportunidade de representar a inclusão da comunidade surda no futebol. A pandemia me fez refletir bastante e voltei ainda mais focada para o Palmeiras/SP. O descanso também me ajudou a melhorar as minhas lesões, pois estava sentindo muita dor, principalmente no joelho, passei por uma operação no ano passado. Quando retornamos, me senti mais preparada para dar o meu melhor em campo”, afirma Stefany.
Natural de Erechim/RS, a gaúcha de 22 anos sabe bem como conquistar títulos. No currículo, ela é nome constante na Seleção Brasileira de Futsal para surdos desde os 15 anos, conquistando Mundial de Futsal de Surdos (2019), Campeonato Interclubes (2016), Campeonato Pan-Americano (2014), Campeonato Sul-Americano (2013) e Taça Brasil de Futsal (2013).
A surdez não impediu Tefy de sonhar e trabalhar forte por um lugar no elenco palmeirense. Desde que chegou, ela transformou a forma da equipe de se comunicar, ensinando Libras e criando gestos para as jogadas do dia a dia.
Além disso, ela conta com a ajuda do preparador físico William Bitencourt e da analista de desempenho Vanessa Silva, que são da Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Futsal de Surdos. Em trabalho separado, eles fazem um treinamento fora de campo diariamente com vídeos e explicações individuais.
“No começo, foi um pouco difícil me adaptar por conta da língua, já que eu uso Libras e eles usam o português. Com o tempo, fomos nos adaptando e isso foi melhorando cada vez mais. Todos os dias vou para o campo meia hora antes de treinar para saber as informações, entender melhor o que terá nos treinos e isso facilitou para que eu possa treinar com as meninas. Acredito que, cada vez mais, essa adaptação vai melhorar. Eu acredito muito”, comenta.
Diagnosticada com apenas dois meses de idade, a jogadora teve o apoio da Família no sonho de se tornar uma esportista profissional e na luta pela inclusão social dos surdos. Após o sucesso no Futsal, ela partiu para o desafio no campo no tradicional clube paulista e se sente orgulhosa pelas conquistas até agora.
“Até agora, vou dizer a frase que sempre falo para motivar as meninas/pessoas, que é: ‘Acredite nos seus sonhos, nunca desista ou duvide deles. Lembre-se de que você é capaz, pode conseguir e lute até o fim. Se não deu certo, tente mais uma vez e confie nas mãos de Deus, que Ele sempre tem melhor plano para nós. O importante é não ter medo de tentar’. Essa frase sempre me faz lembrar de não desistir, e sim lutar mais, até o último batimento do meu coração. Quanto mais foco nos objetivos, mais resultados bacanas você vai receber um dia. Orgulhosa? Sempre estou, impossível não estar! É muito importante amar a si mesma e ter orgulho das suas conquistas”, comemora.
A estreia contra a Ponte Preta/SP foi com o pé direito. Mesmo entrando aos 42 minutos do segundo tempo, a meio-campo ajudou o alviverde a conquistar a vitória por 4-1 no Estádio Moisés Lucarelli, garantindo os três pontos que deixaram a equipe na quinta colocação na tabela. A expectativa para a temporada é alta e ela pensa em uma coisa: o título.
“Nós, atletas, estávamos muito ansiosas para voltar a treinar. Mesmo com a pandemia, as jogadoras tiveram boa vontade e dedicação, todas treinaram muito bem. A nossa Comissão Técnica também nos motivou muito, eles nos ajudaram a não desanimar e nos deixaram com ainda mais foco nos treinos e jogos. Sei que teremos ainda mais vitórias, pois confio no meu time. Vamos continuar nesse ritmo e fazendo o melhor a cada jogo. O Palmeiras nunca desiste das lutas. O meu maior objetivo é fazer a história no clube e trazer títulos. Acredito muito no potencial de cada menina que está aqui”, conclui.
Com Cordiais,
Saudações Fastianas !
Teófilo Benarrós de Mesquita
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