[MEIO-AMBIENTE] - Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho comemora nascimento de filhote, na Paraíba

Alana Granda
Da Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Projeto Viva o Peixe-Boi Marinho/Agência Petrobras

Rio de Janeiro/RJ - A Fundação Mamíferos Aquáticos está comemorando o nascimento do primeiro filhote de Peixe-Boi-Marinho de uma fêmea reintroduzida no litoral da Paraíba.

A Mãe, batizada Mel, foi resgatada quando encalhou, ainda filhote, no Ceará, em 2004. Ela recebeu cuidados e foi reintroduzida posteriormente graças ao Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho. O animal é uma espécie em extinção.

Segundo João Carlos Gomes Borges, diretor de Pesquisa e Manejo da Fundação Mamíferos Aquáticos, o fato é um indicador do sucesso do projeto de reintrodução da espécie no Brasil.

O programa reabilita animais feridos que, depois, são devolvidos à natureza e monitorados. A gestação de um Peixe-Boi-Marinho dura cerca de 13 meses.

Mel foi encontrada encalhada na praia de Ponta Grossa, em Icapuí/CE, e transferida para o Centro Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), na Ilha de Itamaracá/PE, onde permaneceu em reabilitação por cinco anos.

Em 2008, o animal foi transferido para o cativeiro de readaptação em ambiente natural da Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape/PB.

Em março de 2009, Mel foi solta no estuário da região, onde ficou por muitos anos até que, em 2019, ela se deslocou para o litoral de Cabedelo/PB, onde vive atualmente.

Mel foi avistada com o filhote por técnicos do projeto em dezembro do ano passado. Em uma primeira avaliação, os técnicos observaram que o filhote está saudável e sendo amamentado por Mel.

“Esse foi o primeiro filhote de uma fêmea de Peixe-Boi solta na Paraíba ao longo desses anos”, disse Borges.

“Foi um grande presente de Natal para todos nós. Esse nascimento representa de fato um grande marco para a conservação dos Peixes-Boi”.

MONITORAMENTO
A equipe do projeto monitora diariamente Mel e sua cria, porque nas primeiras semanas os filhotes são mais vulneráveis. João Carlos Gomes Borges conta que nas férias de verão, a região recebe muitos turistas e embarcações, o que justifica um monitoramento mais intenso.

O litoral da Paraíba é um dos poucos lugares no Brasil onde é possível avistar Peixes-Boi-Marinhos nativos e reintroduzidos. Esse avistamento, no entanto, pode levar a interações que são prejudiciais aos animais.

Para João Gomes, a sociedade tem um papel determinante na estratégia de conservação da espécie. Ele recomendou que ao avistar esses animais, os turistas devem manter distância e não devem tocá-los ou oferecer comida.

Os condutores de embarcações motorizadas, como barcos, lanchas e jet skis, devem verificar, antes de acionar o motor, se há algum Peixe-Boi-Marinho próximo, porque a hélice pode machucar o animal.

Já durante a navegação, o condutor deve reduzir a velocidade ou desligar o motor caso aviste algum animal perto.

Ao perceber que um Peixe-Boi está em perigo, machucado ou encalhado deve entrar em contato com o Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho pelo telefones (83) 99961-1338 ou pelo WhatsApp (83) 99961-1352.

O Viva o Peixe-Boi Marinho é um dos 17 projetos que o Programa Petrobras Socioambiental apoia na linha de oceano.

Somente nessa linha, o investimento previsto atingirá R$ 96,6 milhões no período de 2020 a 2025.

Esses projetos visam conservar espécies e ecossistemas costeiros e marinhos, contribuindo para a conservação da biodiversidade e a saúde do oceano.

Com cordiais,
Saudações Fastianas !
Teófilo Benarrós de Mesquita

Comentários