[POLÍTICA] - Rozenha defende a criação de normas para pesca do Tucunaré-Açu no Amazonas

Da Assessoria
Manaus/AM - A Pesca Esportiva passou a ser protegida por Lei no Amazonas desde 2018. A atividade atrai mais de 20 mil turistas por temporada ao Estado. O esporte se tornou uma das principais atividades geradoras de emprego e renda no interior. E o Tucunaré passou a ser o principal símbolo da pesca esportiva no Amazonas.

Foi pensando em proteger o Tucunaré-Açu, uma das principais espécies da Bacia Amazônica, que o deputado estadual Rozenha (PMB) elaborou o Projeto de Lei 249/2023.

Nesta quinta-feira (15/06), ele explicou a importância de preservar o peixe que mais atrai turistas para a região.

A pesca do Tucunaré-Açu é responsável pela movimentação de mais de R$ 300 milhões semestralmente. Isso significa manter toda uma cadeia de produção ligada à Pesca Esportiva em pelo menos 24 municípios do Amazonas.

“O que a gente quer é preservar uma espécie que gera renda nas pousadas, que gera participação efetiva nos fundos de turismo. Porque o turista que vem pescar, além de contratar o povo ribeirinho, também tem que pagar uma diária para pescar naquela área. Nós não poderemos fazer eventos para atrair pescadores para o Amazonas se não tivermos o nosso peixe símbolo preservado”, disse o deputado.

Rozenha explicou o perigo de continuar com a pesca predatória do Tucunaré-Açu. Sem regras, a espécie – que pode chegar a 16 quilos nos rios da Amazônia – corre o risco de ter seu tamanho reduzido. Isso poderá diminuir o interesse do turista que paga caro para pescar um Tucunaré-Açu no interior do Amazonas.

“A maioria desse mercado de Pesca Esportiva é japonês ou americano. Esses turistas vão aonde quer que estejam os grandes peixes esportivos. Ano passado, havia 13 aviões de pescadores no aeroporto de Barcelos/AM. Esses turistas vão continuar viajando para Barcelos/AM se o tamanho dos peixes diminuir?”, questionou Rozenha.

O deputado também esclareceu que a criação de normas para a pesca do Tucunaré-Açu não significa acabar com esse tipo de atividade artesanal no Amazonas.

O Tucunaré-Açu é uma das 15 espécies de Tucunarés na Bacia Amazônica. Desse total, 13 espécies ficam totalmente livre para a pesca e comércio já que são peixes de pequeno porte, normalmente encontrados nas feiras.

Além disso, o Tucunaré-Açu não está na lista dos mais apreciados na culinária amazonense. Segundo pesquisa apresentada no Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia, a espécie fica atrás de outras como Tambaqui, Pirarucu, Pacu, Jaraqui e Sardinha.

“Eu não quero com esse projeto tirar a subsistência da pesca artesanal no Amazonas. Isso não vai impactar a economia do pescador artesanal porque o Tucunaré-Açu tem pouca representatividade de consumo. Não é inteligente da nossa parte pescar, matar e vender os nossos Tucunarés-Açus", defende o deputado.

"Inteligente é deixá-los vivos para serem pescados reiteradas vezes e continuarem a gerar emprego e renda para nossas populações tradicionais. O caminho é da preservação. O caminho da vida. Traz muito mais recurso para o nosso povo do interior os Tucunarés-Açus vivos do que mortos”, completou Rozenha.

Com cordiais,
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita

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