Rodrigo Ricardo
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Tony D'Andrea - Itacoatiara Pro
Rio de Janeiro/RJ - Bodysurf, surfe de peito ou o popular jacaré. Os nomes são muitos, assim como as origens deste Esporte, considerado a forma mais pura e original de deslizar sobre as ondas, valendo-se apenas do próprio corpo para fluir e se conectar à natureza.
“Não tem uma data exata, um momento de invenção. Veio antes de tudo e ninguém sabe quem inventou. Talvez, até um homem da caverna tenha entrado no mar e pegou uma onda com o próprio corpo”, filosofa Kalani Latanzzi, apostando nos conterrâneos havaianos como os precursores do Esporte.
Apesar de ter nascido nas Ilhas vulcânicas do Pacífico, o 50º estado dos Estados Unidos, Kalani seguiu para o Brasil ainda bebê e aprendeu a surfar nas potentes ondas da Praia de Itacoatiara, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, de onde literalmente saiu para rodar os sete mares do planeta.
Além de vencer a edição de 2017 do Mundial de Bodyboard, desceu de peito pelos paredões de Nazaré (em Portugal), Jaws (Havaí) e Puerto Escondido (México).
Com tantas façanhas ele ganhou o apelido de Waterman (homem água, em tradução livre) e virou tema de um documentário.
“O Surfe de Peito é o princípio de tudo, Esporte base que pode evitar dificuldades e traumas. Caso o strep (cordinha da prancha) arrebente, [o surfista] precisa saber furar a onda ou pegar uma que o tire da arrebentação e o leve de volta para terra em segurança”, explica o atleta.
Kalani tem 29 anos e aprendeu a modalidade aos 12 acompanhando, pelo YouTube, o multicampeão de Bodyboard Mike Stewart.
“Ele também é supercampeão no Bodyboard. Quem vem dessa modalidade traz um conhecimento, porque há muitas similaridades, basta tirar a prancha”.
Aos 60 anos, o norte-americano Mike Stewart também pratica a modalidade, que na década de 1990 era chamado de arte perdida, mas que a partir dos anos 2000 evoluiu em popularidade com cada vez mais estilos e manobras como rolo, tubo e 360º.
“O que me motiva é o Oceano. O mar muda sempre, e toda vez que entro nele, seja para competir ou para me divertir, sempre tenho uma nova e diferente experiência”, afirma o veterano, citando os motivos para continuar disputando competições ao redor do mundo.
HOMEM-PEIXE
Outro personagem do Itacoatiara Pro (Festival de Esportes ao Ar Livre) é Henrique Pistilli, também conhecido como Homem-Peixe.
Radicado em Fernando de Noronha (em Pernambuco) desde 2010, o carioca sofreu uma lesão no joelho e acabou não competindo.
“Minha intenção era participar, celebrar este cardume de gente incrível. Mesmo aqui da areia, pude ver essas grandes performances. O Esporte está crescendo cada vez mais por conta dessa convergência e troca entre os atletas”.
Segundo Pistilli, as crianças intuitivamente brincam de pegar jacaré, prática natural e que se observa em qualquer lugar do globo onde há uma pessoa próxima de uma praia.
“No Pacífico, os termos mais antigos para identificar esta prática são Kaha Nalu e Umauma. No Brasil há os jacarezeiros, assim apelidados pelos militares do Forte de Copacabana no início do século XX”, diz Pistilli.
Além disso, o atleta aposta que o futuro do Surfe de Peito passa por um estilo livre, cada vez mais aprimorado e independente das competições.
“Elas [competições] são importantes, mas vejo o Bodysurf mais próximo do ser zen da Yoga, por permitir uma conexão profunda com o mar. A pessoa pode sentir na pele toda esta energia”.
ITACOATIARA PRO
Após 11 Edições, o Itacoatiara Pro teve pela primeira vez uma prova de Surfe de Peito.
A competição, realizada na última terça-feira (20/06), teve como campeão o carioca Yuri Martins.
O vice-campeonato ficou com Kalani Latanzzi e o 3º lugar com Mike Stewart.
Com cordiais,
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Tony D'Andrea - Itacoatiara Pro
Rio de Janeiro/RJ - Bodysurf, surfe de peito ou o popular jacaré. Os nomes são muitos, assim como as origens deste Esporte, considerado a forma mais pura e original de deslizar sobre as ondas, valendo-se apenas do próprio corpo para fluir e se conectar à natureza.
“Não tem uma data exata, um momento de invenção. Veio antes de tudo e ninguém sabe quem inventou. Talvez, até um homem da caverna tenha entrado no mar e pegou uma onda com o próprio corpo”, filosofa Kalani Latanzzi, apostando nos conterrâneos havaianos como os precursores do Esporte.
Apesar de ter nascido nas Ilhas vulcânicas do Pacífico, o 50º estado dos Estados Unidos, Kalani seguiu para o Brasil ainda bebê e aprendeu a surfar nas potentes ondas da Praia de Itacoatiara, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, de onde literalmente saiu para rodar os sete mares do planeta.
Além de vencer a edição de 2017 do Mundial de Bodyboard, desceu de peito pelos paredões de Nazaré (em Portugal), Jaws (Havaí) e Puerto Escondido (México).
Com tantas façanhas ele ganhou o apelido de Waterman (homem água, em tradução livre) e virou tema de um documentário.
“O Surfe de Peito é o princípio de tudo, Esporte base que pode evitar dificuldades e traumas. Caso o strep (cordinha da prancha) arrebente, [o surfista] precisa saber furar a onda ou pegar uma que o tire da arrebentação e o leve de volta para terra em segurança”, explica o atleta.
Kalani tem 29 anos e aprendeu a modalidade aos 12 acompanhando, pelo YouTube, o multicampeão de Bodyboard Mike Stewart.
“Ele também é supercampeão no Bodyboard. Quem vem dessa modalidade traz um conhecimento, porque há muitas similaridades, basta tirar a prancha”.
Aos 60 anos, o norte-americano Mike Stewart também pratica a modalidade, que na década de 1990 era chamado de arte perdida, mas que a partir dos anos 2000 evoluiu em popularidade com cada vez mais estilos e manobras como rolo, tubo e 360º.
“O que me motiva é o Oceano. O mar muda sempre, e toda vez que entro nele, seja para competir ou para me divertir, sempre tenho uma nova e diferente experiência”, afirma o veterano, citando os motivos para continuar disputando competições ao redor do mundo.
HOMEM-PEIXE
Outro personagem do Itacoatiara Pro (Festival de Esportes ao Ar Livre) é Henrique Pistilli, também conhecido como Homem-Peixe.
Radicado em Fernando de Noronha (em Pernambuco) desde 2010, o carioca sofreu uma lesão no joelho e acabou não competindo.
“Minha intenção era participar, celebrar este cardume de gente incrível. Mesmo aqui da areia, pude ver essas grandes performances. O Esporte está crescendo cada vez mais por conta dessa convergência e troca entre os atletas”.
Segundo Pistilli, as crianças intuitivamente brincam de pegar jacaré, prática natural e que se observa em qualquer lugar do globo onde há uma pessoa próxima de uma praia.
“No Pacífico, os termos mais antigos para identificar esta prática são Kaha Nalu e Umauma. No Brasil há os jacarezeiros, assim apelidados pelos militares do Forte de Copacabana no início do século XX”, diz Pistilli.
Além disso, o atleta aposta que o futuro do Surfe de Peito passa por um estilo livre, cada vez mais aprimorado e independente das competições.
“Elas [competições] são importantes, mas vejo o Bodysurf mais próximo do ser zen da Yoga, por permitir uma conexão profunda com o mar. A pessoa pode sentir na pele toda esta energia”.
ITACOATIARA PRO
Após 11 Edições, o Itacoatiara Pro teve pela primeira vez uma prova de Surfe de Peito.
A competição, realizada na última terça-feira (20/06), teve como campeão o carioca Yuri Martins.
O vice-campeonato ficou com Kalani Latanzzi e o 3º lugar com Mike Stewart.
Com cordiais,
Saudações Fastianas!
Teófilo Benarrós de Mesquita
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