[MEIO-AMBIENTE] - Rios da bacia amazônica demoram a recuperar vazão em período chuvoso

Agência Brasil de Comunicação
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Foto: Alex Pazuello - Secom
Brasília/DF - Apesar do início das chuvas na região Amazônica, os rios estão demorando a recuperar a vazão.

Segundo o boletim semanal de monitoramento climático elaborado pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), das 32 bacias hidrográficas da região, apenas duas apresentaram volume regular de chuva para janeiro e cinco estão com climatologia próxima para o período.

De acordo com o meteorologista e pesquisador do Codam (Centro de Dinâmica Ambiental) do Inpa, Renato Senna, as chuvas regulares estão ocorrendo nas nascentes, em áreas da Amazônia internacional, no Peru e na Colômbia, nas bacias Ucayalli e Marañon.

“Embora as chuvas tenham retornado, como esperado para esta época do ano, em grande parte da região estão com volumes inferiores ao que normalmente é observado”, explica.

Segundo o Inpa, apesar de o período das chuvas ter iniciado, continuam atuando sobre a região os fenômenos El Niño, que é o aquecimento superficial das águas do Pacífico Equatorial, e o aquecimento do Atlântico Tropical Norte.

Ambos influenciam a circulação dos ventos, inibindo a formação de nuvens e, por consequência, as chuvas regulares.

O monitoramento climatológico das bacias feito pelo Inpa também registra déficit.

A bacia do Rio Purus, afluente do Rio Solimões, acumulou 211 milímetros (mm) nos últimos 30 dias, quando o normal seria de 264 a 304 mm.

A condição deve interferir na recuperação das áreas, especialmente para a recuperação da umidade do solo, que foi afetada após a seca de 2023.

De acordo com Senna, a recuperação do volume de vazão dos principais rios à Oeste, como Solimões, Negro e Madeira, também é importante para a navegabilidade do transporte de cargas e de pessoas.

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