[COTIDIANO] - Exército vai refazer travessias levadas pelas cheias no Vale do Taquari

Andreia Verdélio
Com colaboração de Pedro Rafael Vilela
Foto: Rafa Neddermeyer
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Brasília/DF - O Exército vai refazer as passarelas flutuantes para pedestres que foram instaladas em rios do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. O estado enfrenta a maior tragédia climática de sua história, atingido por chuvas e enchentes desde o fim do mês de abril.

As pontes originais foram destruídas com as correntezas provocadas pelas primeiras chuvas e o Exército improvisou as passadeiras – como são chamadas as travessias improvisadas com passarela de madeira sobre botes. Essas passadeiras, por sua vez, cederam com as fortes chuvas da última quinta-feira (23/05).

“Menos de 24 horas depois do rompimento de três passarelas flutuantes, unidades de Engenharia do Exército mobilizaram-se rapidamente e já enviaram novas estruturas para a substituição e garantia do bem-estar da comunidade”, informou o órgão.

As novas travessias vêm de unidades militares de São Borja/RS, Tubarão/SC e Palmas/PR e serão instaladas assim que as condições de segurança dos rios e climáticas permitirem.

O rompimento ocorreu nas passadeiras entre Lajeado/RS e Arroio do Meio/RS, localizadas no Rio Forqueta; e em Candelária/RS, no Rio Pardo.

Durante a manhã deste sábado (25/05), o Exército realizou a preparação da margem do Rio Forqueta para o acesso de pedestres e embarcações.

Ao meio-dia, os militares iniciaram a travessia dos moradores em botes, restabelecendo o fluxo no local. “A colocação das novas passadeiras ainda depende de melhorar as condições da correnteza do rio”, informou.

No último domingo (19/05), a reportagem da Agência Brasil percorreu parte do Vale do Taquari e registrou a movimentação de pessoas na passarela montada próxima ao local onde ficava a ponte da rodovia estadual RS-130, entre Lajeado/RS e Arroio do Meio/RS.

O fluxo de pessoas que atravessava de um lado para outro era intenso, em procedimento organizado por militares do Exército. É obrigatório atravessar com coletes salva-vidas.

Como a passarela é estreita, de "mão única", os grupos de cada margem são liberados de forma alternada.

Pessoas idosas, com mobilidade reduzida e crianças têm ainda mais dificuldade, já que a travessia exige que se desça pelo barranco íngreme escorregadio, encharcado pela chuva.

No último sábado (18/05), o governador Eduardo Leite anunciou a construção de uma nova ponte no local, que deve custar cerca de R$ 14 milhões e levar mais de 180 dias para ser erguida.

De acordo com o último balanço da Defesa Civil do estado, divulgado na manhã de sábado (25/06), 165 mortes foram confirmadas até o momento.

Há 64 pessoas desaparecidas, 581.638 desalojadas e 55.791 encontram-se em abrigos temporários espalhados pelo estado.

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