[COTIDIANO] - Prefeitura usa sacos para fechar comportas danificadas em Porto Alegre/RS

Pedro Rafael Vilela
Foto: Rafa Neddermeyer
Agência Brasil de Comunicação
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Porto Alegre/RS - O DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto) de Porto Alegre/RS instalou, nos últimos dias, sacos de contenção na frente de parte das comportas do Lago Guaíba, para evitar que a água invada novamente a cidade, em caso de aumento da cota de inundação.

O nível do Guaíba, em Porto Alegre/RS, baixou 16 centímetros no período das 19 horas dessa sexta-feira (24/05) até as 6 horas deste sábado (25/05).

Dados divulgados pelo governo do Rio Grande do Sul indicam que, até as 8 horas de sábado (25/06), a medição de 4,16 metros se mantinha. A cota de inundação no local é de 3 metros.

Os bags, como são chamados, são grandes sacos confeccionados em ráfia (um material resistente utilizado na construção civil), com areia e cimento dentro.

Os sacos “endurecem” na medida em que a água chega a eles.

Até o momento, segundo o Dmae, quatro das 14 comportas foram fechadas com cerca de 50 a 80 bags cada uma.

Os demais portões estão fechados e monitorados pelo órgão, com exceção da comporta 11, que segue aberta para que a água escoe em direção ao Lago.

Após vários dias sem chuva, a capital gaúcha registrou, ao longo de toda a última quinta-feira (23/05), precipitação prolongada e intensa.

Com isso, ruas e avenidas ficaram alagadas e alguns bairros, sobretudo no Centro-Sul e Sul da cidade, que haviam secado após as enchentes do início do mês, voltaram a ficar inundados. Os moradores tiveram de ser retirados de suas casas.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o mês de maio de 2024 já acumula 486,7 milímetros de chuva, o maior volume da história da cidade desde 1916.

Apesar de ser considerado robusto, eficiente e fácil de operar, o sistema de proteção contra inundações de Porto Alegre/RS falhou por não receber manutenções permanentes por parte da prefeitura e do DMAE.

A avaliação é de 42 engenheiros, arquitetos e geólogos. Eles divulgaram manifesto sobre a maior enchente da história de Porto Alegre/RS

. Um dos problemas apontados foi justamente a existência de avarias na estrutura das comportas, que não estavam vedadas adequadamente e não impediram o extravasamento da água do Guaíba, inundando inclusive as casas de bombas, que pararam de funcionar durante o auge das enchentes, há cerca de três semanas.

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