Hemorragia não afeta função cerebral do presidente, diz médico de Lula

Pedro Peduzzi
Agência Brasil de Comunicação
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Foto: Hospital Sírio Libanês - Divulgação
Brasília/DF - A hemorragia intracraniana detectada no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não comprometeu qualquer função cerebral.

A expectativa da equipe médica - liderada por Roberto Kalil - é de que Lula retome as atividades na semana que vem.

Por precaução, ele ficará internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo/SP, por 48 horas.

Ainda segundo os médicos, o procedimento pelo qual o presidente passou inclui uma pequena perfuração no crânio, entre duas lâminas da meninge, seguida da colocação de um dreno por onde sairá o sangue acumulado no local.

O médico Roberto Kalil disse, ainda, que os orifícios feitos no crânio são pequenos, seguindo um procedimento padrão que terá cicatrização espontânea, sem necessidade de intervenção futura.

O presidente Lula encontra-se lúcido e acordado, acompanhado apenas da primeira-dama Janja da Silva.

O termo técnico para esse procedimento é trepanação.

A trepanação consiste na abertura de um ou mais furos no crânio, com o uso de um trépano ou broca neurocirúrgica.

Kalil informou que o paciente reagiu bem ao procedimento e está se alimentando e se comunicando bem.

“O presidente não terá sequela e não há risco de complicações porque o hematoma estava localizado entre o osso cranial e o cérebro. Ele não tem machucado no cérebro".

"Esse procedimento é para evitar que o hematoma comprima o cérebro. O hematoma, que fica entre duas folhas da meninge, foi totalmente drenado. O mais importante é que ele não teve trauma no cérebro”, disse Kalil durante entrevista coletiva no Hospital Sírio-Libanês.

Segundo a equipe médica, o presidente da República apresentou, durante a última madrugada, um mal-estar similar a um quadro gripal, seguido de dor de cabeça.

O Presidente foi enviado à unidade do Sírio Libanês, em Brasília/DF.

“Como teve a queda, fizemos de imediato todos os exames [tomografia e ressonância magnética]”, disse Kalil.

Lula foi então encaminhado para a unidade do mesmo hospital em São Paulo/SP, onde encontra-se internado.

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