Bruno Bocchini
Foto: Paulo Pinto
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
São Paulo/SP - A renda do trabalho principal de pessoas negras correspondia, em média, a 58,3% da renda das pessoas brancas no período de 2012 a 2023. O dado é de um levantamento divulgado nesta sexta-feira (21/03) pelo Cedra (Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais).
O estudo baseia-se em informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com os dados, a renda média do trabalho principal das pessoas negras em 2012 era de R$ 1.049,44; e a das brancas, R$ 1.816,28.
Em 2023, essa diferença passou a ser de R$ 2.199,04 (negras) e R$ 3.729,69 (brancas).
O resultado mostra que houve uma redução de 1,2 ponto percentual na desigualdade entre os grupos, no período.
O levantamento mostra também que, no período de análise, a renda média do trabalho doméstico realizado pelas mulheres negras correspondia a 86,1% da renda das brancas. Em 2012, essa renda equivalia a R$ 503,23 para negras e R$ 576, para brancas.
Dez anos depois, em 2022, as mulheres negras recebiam, em média, R$ 978,35 e as brancas, R$ 1.184,57. Na comparação com os dados de 2012, a desigualdade entre esses grupos aumentou 4,8 pontos percentuais.
CARGOS GERENCIAIS
Em 2012, as pessoas negras representavam 53% da população e ocupavam 31,5% do total dos cargos gerenciais.
Em 2023, esses percentuais passaram para 56,5% da população e 33,7% dos cargos gerenciais, o que mostra que houve aumento de 3,5 pontos percentuais na proporção de negros na população, mas de apenas 2,2% nos cargos gerenciais.
Em relação às mulheres, a proporção de brancas em cargos gerenciais aumentou 1,5 ponto percentual de 2012 a 2023, ainda que tenha diminuído de 24,1% para 22% a participação na população.
A proporção de negras aumentou tanto nos cargos gerenciais (1,3%) quanto na população (26,5% em 2012 para 28,5% em 2023), mostrando que houve aumento na desigualdade no período de análise.
Em relação aos empregadores, a proporção de homens brancos em 2012 era quase cinco vezes maior do que a de mulheres negras, em média.
Em 2023, passou a ser quatro vezes maior, mostrando que, apesar da diminuição da distância, os homens brancos continuam predominando na condição de empregadores.
A taxa de desocupação das mulheres negras em 2012 era 6,1 pontos percentuais acima da dos homens brancos. Essa diferença aumentou em 2017 para 8,9% e, depois, caiu para 7,4%, em 2023.
O Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais reúne pensadores da questão racial, especialistas em Ciência de Dados, Economistas, Estatísticos e Cientistas Sociais.
Atualmente, os apoiadores do centro são o Instituto Çarê, Instituto Ibirapitanga, B3 Social e Bem-Te-Vi Diversidade, além das parcerias com Amazon Web Services (AWS), Bain & Company, Daniel Advogados e Observatório da Branquitude.
Foto: Paulo Pinto
Agência Brasil de Comunicação
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São Paulo/SP - A renda do trabalho principal de pessoas negras correspondia, em média, a 58,3% da renda das pessoas brancas no período de 2012 a 2023. O dado é de um levantamento divulgado nesta sexta-feira (21/03) pelo Cedra (Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais).
O estudo baseia-se em informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com os dados, a renda média do trabalho principal das pessoas negras em 2012 era de R$ 1.049,44; e a das brancas, R$ 1.816,28.
Em 2023, essa diferença passou a ser de R$ 2.199,04 (negras) e R$ 3.729,69 (brancas).
O resultado mostra que houve uma redução de 1,2 ponto percentual na desigualdade entre os grupos, no período.
O levantamento mostra também que, no período de análise, a renda média do trabalho doméstico realizado pelas mulheres negras correspondia a 86,1% da renda das brancas. Em 2012, essa renda equivalia a R$ 503,23 para negras e R$ 576, para brancas.
Dez anos depois, em 2022, as mulheres negras recebiam, em média, R$ 978,35 e as brancas, R$ 1.184,57. Na comparação com os dados de 2012, a desigualdade entre esses grupos aumentou 4,8 pontos percentuais.
CARGOS GERENCIAIS
Em 2012, as pessoas negras representavam 53% da população e ocupavam 31,5% do total dos cargos gerenciais.
Em 2023, esses percentuais passaram para 56,5% da população e 33,7% dos cargos gerenciais, o que mostra que houve aumento de 3,5 pontos percentuais na proporção de negros na população, mas de apenas 2,2% nos cargos gerenciais.
Em relação às mulheres, a proporção de brancas em cargos gerenciais aumentou 1,5 ponto percentual de 2012 a 2023, ainda que tenha diminuído de 24,1% para 22% a participação na população.
A proporção de negras aumentou tanto nos cargos gerenciais (1,3%) quanto na população (26,5% em 2012 para 28,5% em 2023), mostrando que houve aumento na desigualdade no período de análise.
Em relação aos empregadores, a proporção de homens brancos em 2012 era quase cinco vezes maior do que a de mulheres negras, em média.
Em 2023, passou a ser quatro vezes maior, mostrando que, apesar da diminuição da distância, os homens brancos continuam predominando na condição de empregadores.
A taxa de desocupação das mulheres negras em 2012 era 6,1 pontos percentuais acima da dos homens brancos. Essa diferença aumentou em 2017 para 8,9% e, depois, caiu para 7,4%, em 2023.
O Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais reúne pensadores da questão racial, especialistas em Ciência de Dados, Economistas, Estatísticos e Cientistas Sociais.
Atualmente, os apoiadores do centro são o Instituto Çarê, Instituto Ibirapitanga, B3 Social e Bem-Te-Vi Diversidade, além das parcerias com Amazon Web Services (AWS), Bain & Company, Daniel Advogados e Observatório da Branquitude.