Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro OAB-RJ suspende atividades, por ameaça de ataque à bomba

Douglas Corrêa
Com colaboração de Isabela Vieira
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: OAB/RJ - Divulgação
Rio de Janeiro/RJ - Uma ameaça de ataque à sede da seccional Rio de Janeiro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) levou a presidente da entidade, Ana Tereza Basilio, a mandar fechar o prédio até o meio-dia desta quinta-feira (03/07).

A sede da OAB/RJ fica na Avenida Marechal Câmara, número 150, na região central da cidade.

Em nota, a entidade informou que “todas as atividades previstas foram canceladas”.

A decisão foi tomada após alerta emitido por autoridades da área de segurança pública na noite dessa quarta-feira (02/07). A ameaça estaria relacionada a extremistas.

PRECEDENTES

Em 27 de agosto de 1980, durante o Regime Militar, a secretária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lyda Monteiro, foi morta ao abrir uma carta-bomba, revelou a Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, vinculada ao Governo do Estado.

A correspondência era endereçada ao então presidente da entidade, Eduardo Seabra Fagundes, mas foi aberta por Lyda, secretária dele. Na época, a OAB denunciava desaparecimentos e torturas de perseguidos e presos políticos.

Siga o perfil do Blog do Teófilo no Facebook

Em 2015, a Comissão Estadual da Verdade revelou os nomes dos envolvidos no atentado contra a sede da OAB-RJ, que resultou na morte de Lyda.

Com base em depoimentos de testemunhas, fotos e retratos falados, a comissão identificou a participação do sargento Magno Cantarino Motta, codinome Guarany, que entregou a bomba pessoalmente na sede da OAB; o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que confeccionou o artefato e o coronel Freddie Perdigão Pereira, que coordenou a ação.

A elucidação do caso foi possível após a identificação de uma testemunha ocular que trabalhava na OAB quando ocorreu o atentado.

Comentários