Renato Ribeiro
Repórter da Rádio Nacional
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Receita Federal
Brasília/DF - As empresas ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital), investigadas por fraudes em combustíveis em São Paulo, movimentaram mais de R$ 1 bilhão entre 2020 e 2024, segundo a Receita Federal.
A Operação Spare, deflagrada nesta quinta-feira (25/09), em São Paulo, aponta que organização criminosa usava postos de combustíveis, motéis e empresas de fachada para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
As investigações revelaram que os criminosos usavam dinheiro em espécie e maquininhas (de crédito e débito) via fintechs para lavagem dos recursos ilícitos, que depois eram usados para compra de imóveis e outros bens.
Com os recursos do esquema, foram comprados bens de alto valor, como um iate de 23 metros; dois helicópteros; um Lamborghini Urus, avaliado em R$ 4 milhões; além de terrenos de mais de R$ 20 milhões.
"Estima-se que os bens identificados representem apenas 10% do patrimônio real dos envolvidos", informa a Receita.
Segundo a Receita, mais de 60 motéis, ligados ao grupo e em nome de "laranjas", teriam movimentado R$ 450 milhões, com lucro de 45 milhões.
Há indícios de lavagem de dinheiro no uso de 21 CNPJs vinculados a 98 estabelecimentos de uma mesma franquia.
Apesar da movimentação bilionária, as empresas emitiram apenas R$ 550 milhões em notas fiscais, entre 2020 e 2024, e pagaram R$ 25 milhões em tributos federais (2,5% da movimentação financeira).
O lucro para os criminosos chegou a quase 90 milhões no período.
Ainda com a construção de 14 prédios residenciais em Santos/SP, em 2010, o grupo movimentou R$ 260 milhões.
A Receita Federal também detectou irregularidades nas declarações de Imposto de Renda, em que membros da família do principal alvo aumentaram o patrimônio em cerca de R$ 120 milhões.
OPERAÇÃO SPARE
A Operação Spare cumpriu 25 mandados de busca e apreensão na capital paulista e nas cidades de Santo André/SP, Barueri/SP, Bertioga/SP, Campos do Jordão/SP e Osasco/SP.
Um dos principais alvos atua há mais de 20 anos em rede de postos de combustíveis, criada para lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
"A estrutura foi identificada a partir da concentração de empresas sob responsabilidade de um único prestador de serviço, que formalmente controlava cerca de 400 postos - sendo 200 vinculados diretamente ao alvo e seus associados", diz comunicado da Receita.
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Foto: Receita Federal
Brasília/DF - As empresas ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital), investigadas por fraudes em combustíveis em São Paulo, movimentaram mais de R$ 1 bilhão entre 2020 e 2024, segundo a Receita Federal.
A Operação Spare, deflagrada nesta quinta-feira (25/09), em São Paulo, aponta que organização criminosa usava postos de combustíveis, motéis e empresas de fachada para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
As investigações revelaram que os criminosos usavam dinheiro em espécie e maquininhas (de crédito e débito) via fintechs para lavagem dos recursos ilícitos, que depois eram usados para compra de imóveis e outros bens.
Com os recursos do esquema, foram comprados bens de alto valor, como um iate de 23 metros; dois helicópteros; um Lamborghini Urus, avaliado em R$ 4 milhões; além de terrenos de mais de R$ 20 milhões.
"Estima-se que os bens identificados representem apenas 10% do patrimônio real dos envolvidos", informa a Receita.
Segundo a Receita, mais de 60 motéis, ligados ao grupo e em nome de "laranjas", teriam movimentado R$ 450 milhões, com lucro de 45 milhões.
Há indícios de lavagem de dinheiro no uso de 21 CNPJs vinculados a 98 estabelecimentos de uma mesma franquia.
Apesar da movimentação bilionária, as empresas emitiram apenas R$ 550 milhões em notas fiscais, entre 2020 e 2024, e pagaram R$ 25 milhões em tributos federais (2,5% da movimentação financeira).
O lucro para os criminosos chegou a quase 90 milhões no período.
Ainda com a construção de 14 prédios residenciais em Santos/SP, em 2010, o grupo movimentou R$ 260 milhões.
A Receita Federal também detectou irregularidades nas declarações de Imposto de Renda, em que membros da família do principal alvo aumentaram o patrimônio em cerca de R$ 120 milhões.
OPERAÇÃO SPARE
A Operação Spare cumpriu 25 mandados de busca e apreensão na capital paulista e nas cidades de Santo André/SP, Barueri/SP, Bertioga/SP, Campos do Jordão/SP e Osasco/SP.
Um dos principais alvos atua há mais de 20 anos em rede de postos de combustíveis, criada para lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
"A estrutura foi identificada a partir da concentração de empresas sob responsabilidade de um único prestador de serviço, que formalmente controlava cerca de 400 postos - sendo 200 vinculados diretamente ao alvo e seus associados", diz comunicado da Receita.
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