Segurança é reforçada em Brasília/DF, para julgamento de acusados de Golpe de Estado

Felipe Pontes
Foto: Fábio-Rodrigues Pozzebom
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Brasília/DF - O entorno do STF (Supremo Tribunal Federal) amanheceu com reforço de segurança nesta segunda-feira (01/09), véspera do início do julgamento sobre uma trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

O efetivo extra de homens e viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal deve ficar de prontidão ao menos até 12 de setembro, quando o julgamento já deverá ter sido encerrado, conforme o cronograma estipulado pelo Supremo.

A partir desta segunda-feira (01/09), começou a operar também uma Célula Presencial Integrada de Inteligência, instalada na sede da SSP/DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal).

A estrutura reúne órgãos de segurança locais e nacionais, que fazem o monitoramento da movimentação de pessoas em Brasília/DF e nas redes sociais com objetivo de lançar ações preventivas, se necessário.

A partir desta terça-feira (02/09), os arredores do Tribunal estarão submetidos a um esquema de segurança integrado entre a Polícia Judicial Federal e a SSP/DF.

Aglomerações que caracterizem manifestações e qualquer tipo de acampamento nas proximidades estão proibidos.

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Policiais farão o monitoramento de quem transita pela Praça dos Três Poderes e nas vias de acesso ao Supremo, incluindo abordagens e revista de mochilas e bolsas.

Uma das preocupações maiores é com ações solitárias por parte de algum apoiador do ex-presidente. Serão feitas também varreduras diurnas e noturnas com drones de imagem térmica.

Ainda que não sejam permitidas manifestações nas proximidades, o julgamento deve alterar a rotina da região central de Brasília/DF, uma vez que mais de três mil pessoas se inscreveram para acompanhar o julgamento presencialmente, em vagas limitadas abertas ao público.

Entre jornalistas nacionais e estrangeiros, mais de 501 profissionais pediram credenciamento.

O principal alvo do julgamento é o próprio Bolsonaro, que não está obrigado a comparecer, mas pode acompanhar o caso em pessoa, caso queira.

Para isso, contudo, é necessário autorização do ministro Alexandre de Moraes para o deslocamento, uma vez que o ex-presidente foi colocado em prisão domiciliar pelo relator da Ação Penal.

Também têm o direito de comparecer ao julgamento os demais sete réus, entre militares e civis, todos ex-assessores próximos de Bolsonaro que foram acusados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) de tentarem romper com a ordem democrática no Brasil.

Não estão previstas interdições na Esplanada dos Ministérios durante a semana, somente para o desfile de 7 de Setembro.


Nesse caso, o fechamento da via ocorre a partir das 17 horas (de Brasília/DF) do dia 6, na altura da Catedral de Brasília/DF e às 23 horas (de Brasília/DF), a partir da alça leste, logo após a Rodoviária do Plano Piloto.

O acesso ao público estará aberto a partir das 6 horas (de Brasília/DF) do 7 de setembro.

Estão proibidos itens como armas, objetos cortantes, substâncias inflamáveis, recipientes de vidro, fogos de artifício, mochilas de grande porte, barracas e drones sem autorização.

OUTRAS MEDIDAS
O Supremo Tribunal Federal se prepara - desde meados de agosto - para a realização do julgamento sobre a trama golpista bolsonarista.

Desde o mês passado, cerca de 30 agentes da Polícia Judiciária foram enviados de diversos Estados e outros dormem na sede do Tribunal, em dormitórios montados para que fiquem de prontidão.

Entre as precauções, houve também varreduras repetidas no edifício do Supremo e também na casa dos ministros da Primeira Turma, que, além de Moraes, é composta por Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Os réus do núcleo 1 da trama golpista respondem por cinco crimes, cuja pena somada pode ultrapassar os 40 anos de prisão.

São eles: integrar organização criminosa armada, atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado da União.

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