Onze brasileiros estão entre voluntários da Flotilha Global Sumud, capturados por Israel

Fabíola Sinimbú
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Foto: Instagram - @gazafreedomflotilla
Brasília/DF - O Movimento Global que organizou a Flotilha Global Sumud, formada por cerca de 50 embarcações, divulgou um comunicado, na manhã desta sexta-feira (02/10), após a interceptação de parte do grupo por forças navais israelenses.

De acordo com o Movimento, que tenta furar o bloqueio à Faixa de Gaza transportando Ajuda Humanitária, cerca de 443 voluntários de 47 países foram capturados pelas forças de Israel.

O comunicado destaca ainda que, após a busca por informações sobre os integrantes da Flotilha junto às autoridades israelenses, a representação jurídica do movimento não teve acesso sobre o paradeiro dos ativistas e se serão encaminhados a cidade de Ashdod.

“Este é um sequestro ilegal, em violação direta ao Direito Internacional e aos Direitos Humanos básicos. Interceptar embarcações humanitárias em águas internacionais é um crime de guerra, negar acesso à assessoria jurídica e ocultar paradeiro dos detidos agrava ainda mais esse crime”, destaca o comunicado.

Em diferentes embarcações há um total de 17 brasileiros. Nas redes sociais, o movimento internacional confirmou que entre os capturados estão o ativista Thiago de Ávila e Silva Oliveira, a deputada federal Luizianne Lins (PT/CE) e a vereadora de Campinas, Mariana Conti (PSOL/SP).

Existem ainda entre os capturados por Israel outros oito brasileiros: Bruno Gilga, Lisiane Proença Severo, Magno de Carvalho Costa, Ariadne Catarina Cardoso Teles, Mansur Peixoto, Gabrielle Da Silva Tolotti, Mohamad Sami El Kadri e Lucas Farias Gusmão.

O comunicado informa ainda que outras embarcações teriam sido paradas por uma barreira formada em águas internacionais.

O navio Mikeno, navegando sob bandeira francesa, está sem contato e pode ter entrado em águas territoriais palestinas de acordo com dados do Sistema de Identificação Automático - AIS (na sigla em inglês).

A embarcação Marinette, navegando sob bandeira polonesa, continua conectado via Starlink e em comunicação, transportando um total de 6 passageiros a bordo.

Na noite dessa quinta-feira (01/10), o Ministério das Relações Exteriores manifestou preocupação com cidadãs e cidadãos brasileiros participantes da Flotilha de Ajuda Humanitária, destacando o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e o caráter pacífico do movimento.

“O Governo Brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas”, reforça.

O comunicado defende ainda o fim imediato e incondicional das restrições israelenses à entrada e distribuição de Ajuda Humanitária na Faixa de Gaza e o cumprimento com as obrigações de um país ocupante frente ao Direito Internacional Humanitário.

O Itamaraty informa também que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv presta toda a assistência consular cabível aos brasileiros, conforme estabelece a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.

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