Em praça pública ou em casa, fiéis mantêm tradição de presépios

Luiz Cláudio Ferreira
Agência Brasil de Comunicação
www.agenciabrasil.ebc.gov.br
Arte: Cora Azedo - Arquivo Pessoal
Brasília/DF - Personagens esculpidos em diferentes materiais que recordam, segundo a tradição cristã, o cenário do nascimento de Jesus Cristo compõem presépios com espaços privilegiados pelo país. Estão em espaços públicos ou mesmo na intimidade das casas.

No Brasil, o Presépio Natural Mãos de Deus, na cidade de Grão Mogol/MG, na Cordilheira do Espinhaço, a 570 quilômetros de Belo Horizonte/MG, é conhecido como o maior do mundo a céu aberto (em caráter permanente), em uma área de 3,6 mil metros quadrados. As figuras são esculpidas em pedra.

O complexo do presépio tem 30 metros de altura. Foi idealizado pelo empresário Lúcio Marcos Bemquerer, que morreu em 2021. Toda a construção foi doada à arquidiocese de Montes Claros/MG.

A obra é a principal responsável pelo Turismo religioso na região e tem, segundo a Secretaria de Cultura de Minas Gerais, experimentado um crescimento de 20% de visitantes ao ano. O Turismo fez crescer, em 2024, o número de empregos no setor em pelo menos 50%.

Outra opção de visita é o presépio Som, Luz e Movimento, que tem entrada gratuita e é promovido em Brasília/DF pelo grupo Arautos do Evangelho.

Os personagens são esculpidos em gesso e são apresentados em movimento. As cenas têm narração e a automação é eletrônica. A tecnologia foi trazida dos Estados Unidos.

EM CASA
Dentro de casa, os brasileiros também não deixaram de cultivar a tradição, mesmo em dias tão cercado de telas.

Afora que o valor do presépio é permanentemente ressignificado. Um dos apreciadores de presépios, o deputado federal Chico Alencar escreveu um texto e produziu um vídeo para redes sociais que teve interpretação da atriz Fernanda Montenegro, grande dama da arte dramática brasileira.

“O presépio denuncia a sociedade desigual. Ali estão Maria, José e o Menino. Família sem terra e sem teto. Ali ocorrem os pastores da noite que viviam à margem para proteger suas ovelhinhas dos lobos vorazes”, narra a atriz, a partir de texto do parlamentar e amigo.

Outra homenagem a presépios em 2025 nasceu da inspiração da artista carioca Cora Azedo.

Em cores vibrantes, e com anjos negros, ela produziu a obra em acrílico sobre tela (foto em destaque).

O destino da tela foi uma exposição de presépios em João Pessoa/PB. “Esse é o segundo presépio que eu faço”, disse a artista adepta do estilo naif.

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