Silvinei Vasquez, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, é preso no Paraguai

Alex Rodrigues
Foto: Marcelo Camargo
Agência Brasil de Comunicação
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Brasília/DF - O ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques foi detido na madrugada desta sexta-feira (26/12), no Paraguai.

Condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 24 anos e 6 meses de prisão por envolvimento na trama golpista que tentou manter o ex-presidente da República Jair Bolsonaro ilegalmente no poder após a derrota eleitoral em 2022, Vasques foi preso em um aeroporto do Paraguai, quando tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador.

Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Vasques participou de um grupo que coordenou o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Bolsonaro, ordenando que agentes da PRF realizassem blitzes com o objetivo de dificultar o trânsito de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva durante o Segundo Turno das Eleições de 2022, realizado em 30 de outubro daquele ano.

Ainda segundo a PGR, Vasques também participou da reunião de 19 de outubro de 2022, na qual foi discutido o uso de operações da PRF para impedir o voto de eleitores no Segundo Turno.

A ele é atribuída a frase “havia chegado a hora de a PRF tomar lado na disputa”.

Durante o julgamento do ex-diretor da PRF e de outros réus do chamado Núcleo 2 da Ação Penal da trama golpista, pela Primeira Turma do STF, no último dia 9, os advogados de Vasques sustentaram que ele não atuou para impedir o deslocamento de eleitores de Lula no Segundo Turno das Eleições de 2022.

Vasques foi preso preventivamente em Agosto de 2023 e passou um ano detido até o ministro Alexandre de Moraes, do STF, lhe conceder liberdade provisória mediante o cumprimento de uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e o cancelamento de seu passaporte.

Em reportagem publicada no site G1, a jornalista Andréia Sadi atribui ao atual diretor da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, a informação de que Vasques deixou o Brasil sem autorização judicial após romper a tornozeleira eletrônica que usava por determinação do STF.

E que, ao ser abordado e preso pelas autoridades paraguaias, Vasques portava um passaporte paraguaio original com informações pessoais falsas.

Consultada, a PF não comentou as informações divulgadas pelo G1. A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com os advogados de Vasques e atualizará esta notícia assim que obtiver a manifestação da defesa do ex-diretor da PRF ou outros detalhes sobre a prisão.

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