Comércio de cigarro eletrônico pode ser crime no Brasil

Tiago Miranda
Foto: Felipe Sóstenes
Agência Câmara de Notícias
www.camara.leg.br

Brasília/DF - O Projeto de Lei 2158/24 criminaliza a fabricação, a importação e a comercialização de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vape ou pod.

A proposta tramita na Câmara dos Deputados e altera o Código Penal para punir os infratores com detenção de 1 a 3 anos e multa.

O texto também proíbe o consumo de cigarros eletrônicos em ambientes de uso coletivo, mesmo parcialmente abertos.

Em 2009, resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização de vape.

Neste ano, a Agência reforçou a proibição, prometendo ampliar a fiscalização e iniciativas de conscientização da população geral sobre os riscos do uso.

Segundo a deputada Flávia Morais (PDT/GO), autora da proposta, é crucial aumentar a conscientização sobre os perigos do tabagismo e do uso de cigarros eletrônicos.

“Incentivar as pessoas a pararem de fumar para melhorar a saúde pública”, disse.

O consumo do cigarro eletrônico pode causar câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, e Evali (sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de vapes e pods).

Apesar de a venda ser proibida, dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil.

E, segundo a Organização Mundial da Saúde, o uso é maior entre crianças de 13 a 15 anos.

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Indústria, Comércio e Serviços; de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Comentários